01 maio 2007

Dedicado ao mundo contemporâneo

Era uma vez um passarinho
Que estava no seu ninho
E queria imitar
A mãe passara e voar
Subiu para a borda
Bateu asas e começou a cantar!

Ao subir à borda, um galho partiu
E o pobre passarinho caiu
A erva no chão estava fria
Tudo pensava que o passarinho morria
e o frio do orvalho
Pôs o pobre pássaro a cantar como o caraças

Mas perto havia bosta quente
E de vaca, certamente
E um cão ali passou, o passarinho ajudou
Pô-lo em cima da bosta
E quente e contente o pássaro cantou!

Mas a raposa ressacada
Sem pequeno-almoço, sem nada
Comeu o passarinho
E achou-lhe um figuinho
E quem viu não gostou
E a raposa então de gozo cantou!

E a moral desta história
Vos garanto que não é mentira
Nem inimigo é quem na bosta te põe
Nem amigo é quem dela te tira.
E se num dia de azar
Por ventura à bosta fores ter
Não cantes como o passarinho
Que como a ele te podem comer!

30 abril 2007

Mais uma...

Jovem recém-licenciada nomeada administradora

A Administração do Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano (CHNT) ficou completa a partir do início deste mês depois da nomeação de Cláudia Miranda como vogal executiva da mesma Administração.
Cláudia Miranda ainda não tem 20 anos e em termos de currículo está a construí-lo, muito ajudando a actual nomeação política para o lugar de administradora do CHNT.

No seu currículo sobressaem as funções de professora substituta do Instituto Politécnico de Bragança, onde seria obrigada a deixar lugar depois de o respectivo titular regressar.
A nova administradora vai auferir o vencimento de 3 000 euros (600 contos) líquidos, acrescidos de automóvel, combustível, telemóvel e algumas despesas de representação. Entretanto, perspectiva-se já que esse vencimento venha a subir para 800 contos líquidos em virtude o actual vencimento ainda corresponder à categoria dos vogais da administração do antigo Hospital de Bragança e não à categoria de vogal de um Centro Hospitalar.
Porque é que uma jovem sem currículo é nomeada para lugar, de tanta responsabilidade, a avaliar pelo vencimento e mordomias?

Será pelas suas eventuais futuras relações matrimoniais com o actual líder distrital da JS?

Pela ideia que nos 'venderam' dele, não nos parece rapaz de deitar a perder as suas convicções políticas por tão pouco!

Mas por que será, então?

Não conseguimos apurar.

Objectivamente é o que podemos dizer.
Só para terminar, já está a ganhar como vogal da Administração desde os
primeiros dias de Fevereiro, mas ainda não se apresentou ao serviço!

21 abril 2007

Novas Oportunidades

Clicar para ver melhor

Masacre na Virginia...

De notar que após este caso os politicos da nossa praça aproveitaram para discutir o livre acesso às armas, em vez de apreciarem como esta sociedade foi capaz de criar um monstro daqueles...

19 abril 2007

A prova dos bolsos

Maioria dos Portugueses quer o regresso dos escudos.

Já o tinha dito em 2002: "o que no ano passado significava 100 escudos, este ano vale 1€, i. e., 100 cêntimos..."

17 abril 2007

Não se pode ser solidário?

Hoje fui assistir a uma conferencia na Universidade de Aveiro sobre voluntariado e acção social. Tudo muito bonito e tal, mas o que teria acontecido se eu apenas dissesse que era nacionalista? E que mesmo assim sou voluntário em pelo menos dois projectos de acção social... Houve um orador que ainda disse que era melhor apoiar os países pobres do que deixar os seus habitantes virem para a Europa. Claro que antes resalvou expressamente que não era nacionalista. Vá-se lá saber porquê...

16 abril 2007

Justiça ou Inveja?

Jorge Vasconcelos 'bateu com a porta'. Mas o presidente da Entidade Reguladora do Serviços Energéticos (ERSE) não vai de 'mãos a abanar': vai receber 12 mil euros por mês até encontrar um novo emprego. Vejam esta notícia em pormenor no Correio da Manhã... O escândalo é óbvio. Mas vejamos mais pormenores:
O senhor Vasconcelos recebia 18 mil Euros mensais mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil Euros, seriam mais de 3600 contos, ou sejam mais de 120 contos por dia. O senhor Vasconcelos não foi despedido. Ele demitiu-se, (despediu-se por vontade própria) e fica a receber dois terços do ordenado durante dois anos, os tais 12 mil Euros por mês). Qual é o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for? Além disso, "Questionado o Ministério da Economia, uma fonte oficial adiantou que o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria entidade ". E "De acordo com artigo 28º dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar dos presentes estatutos "".
Mais: "Jorge Vasconcelos foi presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) desde a sua criação". Ou seja, o senhor Vasconcelos e amigos criaram este esquema para eles próprios, tendo o estatuto de gestores públicos, excepto quando os seus próprios estatutos são ainda mais vantajosos (que é o caso quando se demitem do cargo).
E o que é a ERSE? "A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético". Mas para fazer cumprir a lei não basta o Governo, os Ministérios, os Tribunais, a Polícia, etc.? "Após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço." Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE? O senhor Vasconcelos demitiu-se porque não concorda que o Governo tenha decretado que a electricidade suba uns escandalosos 6% no próximo ano. Ele e a sua ERSE tinham proposto uns ainda mais escandalosos 14,4%. Certamente seria, entre outras coisas, para cobrir mais umas benesses dos administradores da ERSE.
Alguns comentários à notícia, no sítio do Correio da Manhã, na Internet: Bem, o Senhor Primeiro Ministro deveria ter vergonha: pois tem alguém no desemprego que ganha mais que ele. Isto é mais uma das vergonhas deste desgraçado PAÍS. É certo que este Senhor tem valor. Mas penso que não ganharia isto em nenhum outro país da EUROPA. Viva Portugal, enquanto der...
Se a demissão implicasse passar a receber o rendimento mínimo ainda lá estava agarrado que nem lapa à rocha.
Ora aqui está um exemplo de um homem de coragem que não tem medo de perder o emprego. Nessas condições ninguém tem. Mais uma, para não perder o hábito...

Recebido por e-mail

11 abril 2007

A cavalo dado, não se olha o dente...

Deus perguntou aos Gregos:
- Vocês querem um mandamento?
- Qual seria o mandamento, Senhor?
- Não matarás!
- Não, obrigado. Isso interromperia a nossa sequência de conquistas.

Então Deus perguntou aos Egípcios:
- Vocês querem um mandamento?
- Qual seria o mandamento, Senhor?
- Não cometerás adultério!
- Não, obrigado. Isso arruinaria os nossos fins de semana!

Deus perguntou então aos Assírios:
- Vocês querem um mandamento?
- Qual seria o mandamento, Senhor?
- Não roubarás!
- Não, obrigado. Isso arruinaria a nossa economia!

E assim Deus foi perguntando a todos os povos até chegar aos judeus:
- Vocês querem um mandamento?
- Quanto custaria?
- É de graça.
- Então manda dez...

Coincidências e consequências

A Universidade Independente já fechou, agora vejamos o que acontecerá ao seu camarada...

Sr. Engenheiro


Não entando muito bem esta polémica, mas tenho a sensação que nasce do Portugal que nos foi herdado. Fala-se muito da herança Salazarista que ainda hoje vigora, mas nestas coisas que enchem as páginas dos jornais são fruto do Portugal que nos deixaram os libertinários. Um país que vive das aparências e dos títulos. Já parece o século XIX. Agora porque o homem afinal não é engenheiro já não pode ser primeiro-ministro? Uma das melhores lições que tive nos últimos tempos foi de um salazarista que me disse o quanto não valem os títulos antes do nosso nome. Devemos procurar sempre a humildade denos caracterizarmos como pessoas, portugueses, etc. e não como doutoures, engenheiros, arquitectos e outros que tantos... Acho que as pessoas só olham para o que as pessoas são, e os olhos que vejo em Portugal parecem sempre dois cifrões. Sinto pena de viver num país onde isto acontece. Devemos avaliar os outros pelo que fazem e não pelo que são, e a melhor avaliação somos nós que a fazemos. Quanto a mim, não me importava que alguém com a 4ª classe estivesse no governo. Se calhar as coisas não estariam tão mal.


Confesso que o primeiro contacto que tive com engenheiros foi com o famoso Eng. Paços de Ferreira, a tal personagem do Herman Enciclopédia, que era o responsável pela Expo 97. Parece que depois da expo, ninguém se lembrou de ir ver onde ele tirou o curso...

10 abril 2007

Culturalmente Falando

Acerca da política cultural da Camara Municipal do Porto, escreveu um camarada portuense:

Um artigo do jornalista Luis Costa – que, parece, não tem qualquer simpatia política por Rui Rio – compara a pobreza da actividade cultural do Porto, com aquilo que, em Lisboa e na mesma área, se vai fazendo. Vejamos as diferenças apontadas. O jornalista refere, por exemplo, a agitação multicultural do Bairro Alto, os concertos da Gulbenkian, os serões de S. Carlos, as exposições do CCB, os concertos do Pavilhão Atlântico, as tardes do Parque das Nações, as sessões no D.Maria II, na Comuna, e na Barraca, as Docas, o Luca e a Bica do Sapato e o sushi do Estado Líquido. A comparação com o Porto é deprimente: o desfile dos Pais Natais, o Grande Prémio dos Calhambeques, e o ajuntamento dos carros de bombeiros. Os anunciados espectáculos do La Feria. E, por fim, a jóia da coroa, a exposição de criselefantinas, dita a melhor e a mais completa do mundo na sua expressão plástica. Sem deixar de ter razão, o jornalista esquece que, hoje, o Porto é uma cidade pobre. E a cultura, que sempre foi de elites, não passa sem dinheiro, que os portuenses não têm e que parece não faltar ao multiculturalismo da capital (moçárabe, disse o jornalista). Ouvir cantar a “Cármen”, no nosso Coliseu, pode custar 50 euros e, por isso, não irei, para meu mal. As razões, independentemente da efectiva má política cultural do nosso autarca, são bem outras e têm a ver com a forma como, drasticamente, o nosso nível de vida baixou. Resta-nos, ainda e felizmente, Serralves, a Casa da Música, o Bull & Bear, o comércio alternativo da Rua do Almada, o Estádio do Dragão, o Palácio da Bolsa, o Fantasporto e as galerias de Miguel Bombarda. Muitos sítios onde gastar o dinheiro que não tenho.

Mais um inimigo...


09 abril 2007

Mais OTA

À medida que os estudos sobre a Ota vão sendo feitos e que mais e mais voulendo sobre o assunto, as minhas dúvidas vão-se progressivamente dissipando. Receio que estejamos na iminência do maior embuste jamais vendido aos portugueses.
O Governo agradece que o país ande tão entretido a discutir o aborto e que tudo o resto lhe passe, entretanto, ao lado. Neste resto, inclui-se o aeroporto da Ota, que lá vai fazendo o seu caminho através dos estudos preparatórios e da promoção junto da opinião pública, confiada a uma conhecida agência especializada em campanhas políticas e defesa da imagem de empresas públicas ou semipúblicas mal geridas. No final, a ideia é apresentar-nos a Ota como necessidade vital e facto consumado.
É preciso, pois, que os portugueses percebam, enquanto ainda é tempo, o quenos estão a preparar. A Ota é um projecto ruinoso, errado e prejudicial, sobretudo para Lisboa e para os utentes do seu aeroporto.
Nem Lisboa nem Portugal precisam de um novo e gigantesco aeroporto. Precisam, quanto muito, apenas de um aeroporto alternativo, pequeno ebarato, para as «low cost» - de forma a desanuviar a Portela e deixá-la simplesmente para as companhias regulares, assim assegurando, por exemplo, a sobrevivência da TAP face à concorrência imbatível das «low cost». É isto que se está a fazer em Espanha, em França, na Alemanha, na Inglaterra, países onde os grandes aeroportos 'regulares' têm um movimento muito para além daquilo que a supostamente 'saturada' Portela jamais teve ou terá.
A construção da Ota juntamente com o TGV vai liquidar as ligações aéreas Porto-Lisboa e Lisboa-Madrid, que representam actualmente 12% do movimentoda Portela. Vai retirar de Lisboa turistas e viajantes de negócios. Vai pôra capital uma hora mais longe da Europa e do mundo. Vai dificultar a vida atodos os passageiros de Lisboa e do Porto. E vai, fatalmente, custar uma fortuna incalculável ao país - que o Governo disfarçará, através daprivatização da ANA e das receitas do novo aeroporto e do de Faro (os únicos rentáveis), de que o Estado vai abdicar a favor dos privados durante gerações, para assim se poder enganar os tolos dizendo que praticamente não há custos públicos envolvidos.
Na semana passada, tropecei num artigo do 'Jornal de Negócios' daqueles quefazem logo desconfiar à légua. Baseando-se num dos estudos em curso sob a alçada da NAER (a empresa da Ota), nele se analisavam os impactos previstospara o turismo e decorrentes da construção do novo aeroporto, concluindo-se que a Ota "deverá gerar cerca de 1100 milhões de euros para o turismo nacional, que terá um acréscimo de 7,35 milhões de dormidas com a nova infra-estrutura".
Dito assim, deve ter impressionado os incautos; analisadode perto, percebia-se que se tratava de uma aldrabice pegada - não sei se do estudo, se do jornal, se da agência de comunicação ou se de todos juntos. Vale a pena olhar, para se entender a forma como nos estão a impingir a Ota.
Basicamente, o estudo prevê que as entradas de turistas continuarão acrescer indefinidamente ao ritmo de 1,5% ao ano, o que fará com que em 2020se atinja os 23,5 milhões. Então, fizeram-se as seguintes contas: se em2017, quando a Ota entrar em funcionamento, a Portela (que, entretanto,continua sempre em expansão) estará já a responder por 16 milhões depassageiros, os 7,35 milhões que faltam até chegar aos tais 23,5 milhões em2020 serão atingidos graças à Ota. Os pressupostos em que assenta esteraciocínio são hilariantes: primeiro, que todos os turistas que entram emPortugal o fazem por via aérea (na realidade, são apenas 42%) e, segundo,que todos eles, rigorosamente todos, chegarão através do aeroporto da Ota.Mas há mais e igualmente anedótico, se não fosse grave. A certa altura, o estudo tem de reconhecer que, segundo os inquéritos que terão sido feitos, também há turistas que deixarão de vir a Lisboa, com um aeroporto situado a55 km da cidade: "apenas 14%", escreve o jornal. Apenas? Saberão eles que ogrande crescimento do turismo se tem situado justamente em Lisboa? Pouco importa: informam-nos que isso será compensado com "o aumento do fluxo de turistas na Região Oeste e na Comporta (?), por exemplo". Sejamos entãosuficientemente crédulos para acreditar que os quase 900.000 turistas/ano que o próprio estudo reconhece que deixarão de vir a Portugal e a Lisboa, devido à localização da Ota, serão amplamente compensados por outros que só cá virão para desembarcar na Ota e ficar logo por ali, ou então para ir àComporta, que fica 55 km mais longe! Estarão a brincar connosco?
Entretanto, saiu outro estudo encomendado pela NAER e este, compreensivelmente, tratado com toda e discrição possível. Trata-se do'Relatório Final da Análise de Terraplenagens', encomendado à empresa deconstrução californiana Parsons, actualmente com grandes obras em curso noIraque. São 59 páginas de 'engenharia pesada' para um leigo na matéria, como eu. Mas, avançando devagar e em esforço, é possível reter as principais conclusões. Já se sabia que o futuro aeroporto da Ota tem um 'problemazinho' com aexistência de uma serra com 660 metros de altura a norte do enfiamento da pista principal - o que só consente duas soluções: ou se arrasa a serra ouse põe os aviões a fazer manobras escapatórias assim que levantem do chão.
Já se sabia que, em termos de segurança de voo na aproximação às pistas, aOta, devido aos ventos dominantes e outras condicionantes, irá ter fatalmente uma baixa classificação de segurança, em contraste com a Portela, que tem uma excelente certificação internacional.
Agora, através do relatório da Parsons, ficamos a saber outras coisas sobrea Ota. Por exemplo, que "a área do novo aeroporto se situa numa região deforte risco sísmico, na Zona A do zoneamento sísmico nacional (falha do Vale Interior do Tejo)". Por exemplo, que será necessário desmatar 1100 hectares de terreno arborizado e remover biliões de metros cúbicos de terras.
Bem pior, que o terreno é todo ele alagadiço e atravessado por três ribeiras (uma das quaisterá de ser desviada), o que leva os engenheiros a afirmar que "pelas suas características geomecânicas desfavoráveis e condições hidrológicas associadas, é particularmente condicionante do tipo de ocupação prevista, delimitando a sua ocorrência zona de risco e exigindo a adopção de disposições de estabilização". Acontece, de facto, que, para azar dos obreiristas, os terrenos da Ota são integralmente compostos por areia,argilas e lamas, fazendo prever que, após as obras de terraplenagem, "otempo de consolidação, sem contar com o factor sísmico, possa variar entre25 e 110 anos". Mas, há solução: os engenheiros chamam-lhe "colunas de brita" - é cara, complicada e vai durar, só ela, dois anos e meio.
E assim vai a Ota. Quando comecei a seguir de perto a questão, a minha grande dúvida era saber se Lisboa e o país precisavam realmente de um novo aeroporto ou se estávamosperante um gigantesco negócio de favor, em benefício de poucos e comprejuízo de todos. À medida que os estudos vão sendo feitos e que mais emais vou lendo sobre o assunto, as minhas dúvidas vão-se progressivamente dissipando. Receio que estejamos na iminência do maior embuste jamais vendido aos portugueses. Oxalá eu esteja enganado!

08 abril 2007

E a União Soviética ficava aonde?

Diz o El Mundo acerca da eleição de Salazar como melhor português: El fundador de 'O Estado Novo', fascista portugués y cabeza de la dictadura europea más prolongada del siglo XX ...

Palavras para quê?

Porque estive ausente...

Porque tive dois motivos para isso.

Até dia 31 andei atarefado a arranjar patrocinios para o FITUA (Festival Internacional de Tunas da Univerdidade de Aveiro).

Depois tive as missões em Moita de Anadia, que me ocuparam até hoje de manha. Sobre isso tenho mais que falar. Depois vou colocar umas coisas sobre as missões!

E Agora de volta ao ritmo Normal.

Paixão



by Coro da Juventude de Schoenstatt Lisboa

27 março 2007

GP Salazar

Aparte daqueles comentários que camaradas fizeram acerca da vitória de Salazar, das coisas que se disseram acerca das reacções, principalmente aquela possível dictomia de discursos acerca de uma hipotética vitória de Cunhal, acho que já tudo foi dito. Apraz-me então dizer a democracia simplesmente não funciona. Bem que queria perder os próximos capítulos!

Rigor Histórico

Para quem muito fala do rigor histórico do Museu Salazar, ou do Estado Novo, resta-me apenas dizer que nem sequer é preciso mentir para não se ter rigor histórico. Basta omitir. E, na maior parte dos casos ninguém dá por isso, porque esses factos sempre foram omitidos. Talvez seja a altura de aparecer um Museu com uma nova "Verdade"...

22 março 2007

Memórias de Angola

Acerca de um site que fala sem complexos da situação em Angola antes de 74, lembrei-me de um texto que fiz há uns anos sobre a guerra colonial.

Nunca percebi muito bem toda a temática acerca da guerra colonial. Vendo bem as coisas, nem sequer existe um consenso sobre um aspecto básico, a sua forma. Há quem argumente que se tratou de uma guerra (com todas as letras) entre uma população de metrópole e uma população de colónias. Há quem diga que se tratou de uma guerra civil (o que eu nem vou comentar) é quem afirme que a palavra guerra não é adequada e prefira o termo guerrilha. Confesso, ou melhor, penso que se tratou de uma guerrilha. Estamos a falar de uma luta armada contra grupos rebeldes, que não se caracterizou pela conquista de terra ou localidades, mas sim pela presença de soldados portugueses para garantir a estabilidade dos territórios e a segurança dos portugueses que lá residiam.
A guerra, pelo que sei, era composta na sua essência por embocadas às posições inimigas.
Na escola, e também na comunicação social, trata-se a "guerra colonial" como uma loucura do lunático, do velho senil Salazar, quando na verdade os soldados portugueses iam para as colónias para garantir a segurança e sobrevivência dos portugueses que lá viviam e trabalhavam, atacando, claro está, quem ameaça-se essa segurança.
Resta-me dizer que a "guerra" colonial não começou com o envio de tropas portuguesas para África, mas sim com o massacre de milhares de portugueses e autóctones. Não haveria justificação ou até mesmo legitimidade para intervir numa situação destas?
Felizmente ainda existem portugueses que devem a sua vida aos soldados que se sacrificaram a combater para os defenderem e ainda sentem as chagas do sofrimento que passaram porque uma bando de desertores do exercito decidiu dar, sem lei nem autoridade, a independência a essa gente, que quando se apanhou com ela, a primeira coisa que fez foi expulsar os portugueses das suas terras e a segunda foi começar guerras mais longas e sangrentas que a própria "guerra" colonial.
Será também de perguntar se os portugueses tinham legitimidade para lá estar. Talvez não, mas de certeza que tinham tanta legitimidade como os africanos que hoje em dia nos invadem.

Quer uma casinha nova? É fácil, siga as instruções em baixo!

Se não tem pais ricos nem ganhou a lotaria e quer uma casa nova então monte uma barraca no Porto ou Lisboa e ser-lhe á atribuída uma casinha! Não é preciso trabalhar, descontar para a segurança social nem sequer pagar IRS, basta apenas montar uma barraca, chorar um bocadinho quando a televisão aparece e esperar que o presidente da câmara anuncie em que dia receberá a chave da sua nova casa.

Não ligue a aqueles estúpidos que todos os dias se fazem ao caminho para trabalhar e com imenso sacrifício pagar a sua renda ao banco ou senhorio, bem como a conta do supermercado e educação dos filhos. Essas pessoas são umas tontas, pouco eficientes e eficazes pois precisam trabalhar 10 ou mais horas por dia para conseguir aquilo que os espertos conseguem sem esforço!

Haja vergonha!

João Montes

In Democracia Liberal

21 março 2007

17 março 2007

Revoltem-se mulheres

É comum o debate à volta dos direitos das mulheres. Mas a única coisa que ainda lhes é vedada em Portugal é o sacerdócio. Protestam contra a lei feita pelo homens, mas deviam protestar contra as mulheres que ainda nos fazem desconfiar do sexo oposto, que fazem os patrões pagar mais aos homens que às mulheres, que fazem os eleitores votarem mais em homens do que nas mulheres. No DIM, e em todos os dias, as mulheres deveriam revoltar-se contra mulheres como Ana Santa Clara e outras tantas. E também a quem lhes dá a voz!
Permitam-me uns conselhos a todas as mulheres portuguesas: Imponham-se pelas vossas atitudes e não tentem apenas ganhar debates do “sexo do anjo”. O que é preciso é mulheres que pensem por elas próprias, que tomem atitudes, que não esperem que sejam os outros a fazer, a pensar ou a dizer por elas, quando vocês conseguirem expurgar certas pessoas de serem vossas representantes, quando impor-se aos homens que vos desrespeitam (como os traidores, muitas vezes perdoados) e respeitarem os restantes homens, quando expurgarem os vossos maiores símbolos como os sex symbols que aparecem nas Playboys e em demais pornografia, ou até mesmo na televisão a dizer disparates, verão que não são precisas leis para que as mulheres comecem a ganhar mais ou tenham lugares nas listas de votos. E já agora se quiserem apoiar o feminismo, apoiem o AMA.
Imagem via Reverentia Lusa

Crimes "despenalizados"

Soube desta notícia quando li o Mote para Motim. Não é que possa ter a mesma abordagem que o Amotinado, nem que o Correio da Manha, Pois tenho obrigação de ter uma visão diferente das coisas. Não deixam de ser crime esses actos, mas passarão a necessitar de acusação particular, ou seja, o pagamento de uma taxa de justiça de 2 UC (196 €) e constituição obrigatória de mandatário judicial, ou seja, advogado.

Li alguns comentários no Correio da Manha on-line, e tenho a dizer que existe um grande desconhecimento por parte da população portuguesa face ao procedimento judicial, e até mesmo à lei substantiva penal. Não devem saber que o ofendido que se tenha constituído assistente pode requerer o reembolso da taxa de justiça, em caso de condenação do juiz, e até mesmo uma indemnização para pagamento de honorários do advogado. Outro erro muito comum é falar nos pobres como sendo vitimas deste regime judicial. O pobre que se queira constitui assistente deve dirigir-se a um balcão da segurança social e requerer o apoio judicial. Depois basta juntar o comprovativo ao requerimento de constituição de assistente. Nem precisa de esperar pela resposta da Segurança Social. Outro erro que notei foi a confusão entre furto e roubo. Furto é a subtracção de coisa alheia; Roubo é essa subtracção através de violência ou coacção física. Muitos dos exemplos dados nos comentários reportavam-se a situações de roubo, quando na notícia apenas li o crime de furto.

O que significa ser assistente?
É um sujeito processual criado pelo nosso sistema penal, para coadjuvar o Ministério Público na investigação e na acusação. É a representação do ofendido e é obrigatória a constituição nos crimes particulares, como é o caso da injúria ou difamação. Nos outros crimes (públicos e semi-públicos) é uma modalidade acessória. A acção penal, é da responsabilidade do MP, embora nos crimes semi-públicos o procedimento dependa de queixa e nos crimes particulares, o papel do MP é destinado ao Assistente, onde o MP apenas actua naqueles actos, requeridos pelo assistente que, por força do respeito ao estado de direito, só possam ser praticados pelo MP.

Para que serve a constituição de assistente?
Como já disse, um auxílio ao MP apenas visa a prossecução da penalização do arguido. Quando um lesado pretende ser ressarcido daquilo a que se viu privado pela prática de um crime têm que requerer a sua constituição como parte civil no processo e exigir uma indemnização, nos termos do processo civil, mas incluído no processo de natureza penal.

Então para que se vai fazer esta alteração ao código penal?
Não sei se será mesmo uma alteração ao código penal. Não li esta alteração no projecto de lei, mas se for apenas arranjo uma explicação: A necessidade de aliviar os tribunais de muitos processos. Não sei como será a norma transitória, mas se a não houver, como a aplicação da lei penal é sempre favorável ao arguido, os processos desta natureza, mesmo pendentes, carecerão de constituição de assistente por parte do ofendido.

Porque não tenho escrito com frequência:

À espera do próximo episódio. Provavelmente dia 20, Terça-Feira, no Prison Break Download

15 março 2007

Em cada comuna, há um tipo falso

Uma das caracteristicas dos portugueses actuais é que uma partes deles é comunista. Mas não são os operários das fábricas, aqueles que andam a ser despedidos por "extinção mo posto de trabalho". Veja-se a votação em concelhos como Guimarães, Vizela, Felgueiras, Famalicão ou Santa Maria da Feira... irrisória, no mínimo, para aquelas bandas ideológicas. Quem serão afinal esses oprimidos.

A maior parte que conheço são filhos da classe média, no caso dos jovens. A mãe é secretária, trabalha na função pública ou numa grande empresa e o pai é um funcionário qualificado de um qualquer empreendimento industrial. Apenas uma descrição média dessa gente. Andam lá pela Universidade muito bem vestidos e, que eu saiba, raramente demonstram a sua opinião. Na verdade, o único momento em que os podemos ver a discutir é quando se confrontam com alguém o BE, ou do PCP, consuante o caso. Talvez sejam os únicos partidários que ambos toleram.

Gostam de por vezes imcomodar nas horas de almoço, indo para cantina demosntrar o seu superiorismo intelectual, o seu moralismo, distribuindo uns flyers. Quando tenho paciencia para os ler penso sempre 3 coisas: o PCP é igual ao BE e vice versa; A unica diferença entre eles, são as moscas; e para serem freaks só lhes falta uns rasgões nas calças.

Separados em dois partidos com funções complementares: Destruir o que está bem, Contruir com base nas coisa más. O mais curioso é que existe uma classe de trabalhadores oprimidos que eles estão sempre a atacar: os policias. O comuna é, por natureza, incoerente. É tão incoerente que defende a sua liberdade, a liberdade de dizer bem do comunisto e mal de tudo o resto. É essa liberdade que defendo, mas invertida. Eu não me escondo perante a capa de uma ideologia, nem digo defender a liberdade e os direitos dos homens sob a epigrafe de regimes que tudo fizeram para que nada disso existisse.Termino fraseando um camarada comuna:"Não se conseguiu construir em nenhum país uma democracia tão perfeita como na URSS", pois, nem sequer em Cuba...

14 março 2007

Jovens lusos surpreendem o mundo da Fórmula 1 (eu quando quero posso ser muito mau lol)

" O anúncio surgiu de surpresa no dia de ontem quando a equipa da Ferrari fez saber à comunicação social que pretendia contratar um grupo de jovens do Bairro da Cova da Moura.
A decisão surgiu depois dos responsáveis da equipa terem assistido a um Documentário na RTP África em que se mostrava que um grupo de jovens do bairro era capaz de remover 4 pneus em menos de 6 segundos usando ferramentas básicas, ao contrário da actual equipa de mecânicos da Ferrari que apenas consegue fazer 8 segundos contando com milhões de euros de equipamento de ponta!
Esta decisão audaz pode tornar-se como um dos momentos decisivos do campeonato, já que actualmente muitas das corridas são ganhas nas boxes, e pode-se tornar uma vantagem em relação ás outras equipas.
No entanto a equipa de F1 acabou por ter algumas surpresas. No primeiro treino a nova equipa de mecânicos, não só foram capazes de mudar os pneus em 6 segundos como também repintaram o carro, mudaram o número de série e venderam-no à Mclaren por 8 grades de cerveja, um saco de ganzas e algumas fotos da mulher do Raikonen no chuveiro "

09 março 2007

Dia Internacional da Mulher

Passou-se ontem mais um dia internacional da mulher, não sei para que existe, talvez fizesse mais falta num país islâmico, paises esses tão defendidos por algumas das feministas. Que eu saiba as mulheres ainda só não podem ser padres, mas não vi ninguém a manifestar-se contra isso. Quanto ao resto, cresçam e apareçam! À parte dos jantares fora, das saídas à noite, da manif de 200 pessoas em Lisboa, e dos homens que costumam ficar em casa, terem ficado em casa, foi um dia como todos os outros. Uma mulher que me diz muito mais que todas as outras, ficou a trabalhar até às 22 horas, e depois ainda foi às compras, chegando a casa por volta das 23 horas. No fundo, foi dia dela cumprir o seu dever, como deveriam ser todos os dias para todas as mulheres e para todos os homens.

07 março 2007

Eles mentem tudo, eles mentem tudo, eles mentem tudo e não dão explicações a ninguém!

Foi no último Sábado que porventura centenas de populares se reuniram em Santa Comba Dão, não só para defender a construção de um museu sobre Oliveira Salazar, como para contestar os forasteiros, armados em moralistas de algibeira, que lá se deslocaram para tentar impedir que a câmara local avance com o projecto. No fundo o que pretenderam fazer foi governar em casa alheia. Bem sabemos que o ministério da cultura não irá financiar este projecto, o que só demonstra que para além de ser um ministério de propaganda encapotada, também serve para tentar manter o estabelecido, ou então conduzi-lo à ruína. Na verdade apoiar uma peça de teatro com o nome “Eu cago para Deus” e não apoiar um museu sobre Salazar e o Estado Novo merece no mínimo alguma meditação.
Mas o que vos queria falar é de um partido que fala, fala, fala e não dá explicações a ninguém. No último referendo foi o BE que por intermédio de uma lacaia qualquer acusou o Blogue do Não, só porque tinha uma ligação para o Blogue Pela Vida, que também acusou com factos estupidamente falsos. Mas de quem vos quero falar é do PCP. Já há dois anos atrás, os senhores do comité central do PCP acusaram a Frente Nacional de fazer uma homenagem a Rudolf Höss (chefe do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau) quando na verdade fizeram uma homenagem a Rudolf Hess. Responderam por terem mentido publicamente? Não.
Agora mandam os lacaios de Viseu acusar o PNR e a JN de terem estado por detrás de uma manifestação espontânea de repúdio à concentração da URAF em SCD. Se por um lado, o PNR e a JN estavam numa conferência na Guarda, quem sabe minimamente do que se passa no movimento nacionalista, sabe que neste momento no PNR e na JN não existem Salazaristas. Portanto seria pouco provável que pessoas que vivem em Lisboa se deslocassem para a SCD para defender alguém de que não gostam, até porque o PNR não tem câmaras e juntas e por isso não tem os autocarros à borla para as concentrações ou manifestações. Nem tão pouco recebe dinheiro da EU, como acontece com os seus camaradas nos sindicatos.
Quem lá esteve foram os populares que por sua livre vontade, sem que nenhuma associação ou movimento as convocasse, apareceram para demonstrar o seu apoio à decisão da câmara de SCD.
Tudo o resto são palavras soltas. Quem não se lembra das constantes noticias que alertavam para concentrações de neonazis em SCD e para o reforço policial que estava destinado? Talvez fossem para convencer mais pessoas a irem à concentração da URAF, mas na verdade, convenceu o povo anónimo a demonstrar o seu apoio a Salazar, e irritou-os o facto dos neonazis terem ficado em Lisboa, ou terem ido à Guarda.
Já estou como um colega meu: Em Santa Comba Dão, o povo é quem mais ordena! Será por isso que não se ouviu esse cântico por parte da URAF?
Santa Comba vila Beirã
Terra de fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade!

06 março 2007

Ponta de lança do sistema

Parece que as coisas não andam famosas para os vossos lados, agora já têm que recorrer à artilharia pesada...
Como prometi continuar este texto, aqui fica mais uma analise sobre o estudo da história.
Quanto ao Estudo histórico, pouco se poderá dizer neste caso. A documentação daquela é já bastante conclusiva quanto à veracidade de certos factos, os mais importantes. As divergências científicas continuam a situar-se em pormenores, muitas vezes com afectações meramente ideologias. Perante esta situação, o grande poder de um historiador está na transmissão de conhecimentos. Podíamos versar-nos sobre aquilo que é ensinado numa universidade ou na elaboração dos programas pedagógicos, mas a actualidade exige uma análise àquilo que é televisionado.

Como sempre fui interessado em história, lembro-me que no final dos anos 90 sucederam-se séries de análise histórica sobre o século XX. Lembro-me de ver uma série que dava na RTP, dirigida por Fernando Rosas, em que por exemplo, a guerra colonial era vista como uma tentativa de conter a revolta geral dos autóctones, e passados 2 anos, noutra série ter aprendido que tinham existido actos terroristas (sim, mais mortíferos que o próprio 11 de Setembro) que tinham legitimado o envio de tropas para África e que a GC não passou de uma mera guerrilha, que aliás, estava controlada em Angola e Moçambique, por volta de 74. Mais tarde vim a saber que a as outras democracias europeias também tiveram os seus conflitos de descolonização, muito antes de Portugal, o que em última analise, coloca os Portugueses como bons colonizadores, ao contrário dos democratas Ingleses que até inventaram na África do Sul os campos de concentração (para os Boers) e que foram precursores do Apartheid. Isto foi um aparte. Toda esta discrepância na transmissão de factos alertou-me para as consequências de um estudo histórico sem critério na selecção das fontes e dos transmissores.

Quem faz do estudo histórico a sua profissão sabe perfeitamente as diferenças de resultados derivadas de um estudo tendencioso dos factos. Puxar a brasa à nossa sardinha, como diz o povo, é muito fácil num estudo histórico. Pode-se sempre omitir factos, alterar termos e os meus factos podem ser interpretados de muitas maneiras diferentes. Como disse, todos os profissionais sabem isto, quem não sabe são as outras pessoas, que comem o que lhe derem. Não quero chamar burros às pessoas minimamente interessadas por história, mas todo o burro come palha, é preciso saber-lha dar.
(continua)

Perplexidade

Tenho andado ausente das minhas postagens. Por um lado, tive o festival de tunas que me ocupou o fim-de-semana todo. Por outro, a arbitragem de Domingo no jogo Beira-Mar vs Naval deixou-me perplexo, quase atónito. Acho que não há equipa que seja mais prejudicada que o Beira-Mar, mas quem serei eu para falar?

03 março 2007

Toma que já almoçaste

Não sei porque pouca gente não gosta da Madeira. Eu nunca lá fui (nem com dinheiros públicos, nem privados) mas conheço rapazes que estudam em Aveiro, madeirenses, e acho que posso falar com razão de causa. É verdade que a Madeira têm recebido muito dinheiro, mas porventura não terá sido bem aplicado? Pelo que me contam, parece que foi. Porque os nossos politicos que não conseguem fazer sequer o que prometem ridicularizam um dos poucos políticos em Portugal com obra feita. Já dizia o meu velho: "Homem que é Homem não fala, faz". Os Danieis Oliveiras do nosso mundo falam, falam, falam... outros fazem! A minha escolha é simples.
Noutro ponto, nunca vi AJJ denegar-se a defender a Madeira e os seus interesses, enquanto muitos autarcas se calma perante ordem partidárias e os deputados da AR não defendem as regiões pelas quais foram eleitos, mas obedecem aos partidos a que pretencem.
Para a Madeira, a solução era autonomia fiscal e dava-se a oportunidade a certos senhores de ficarem calados.

01 março 2007

Memórias desportivas (V)

O sonho está bem vivo!

Rimas populares (2)

(algures numa casa de banho da UA)
O Sol é um astro
A Terra é um planeta
A casa de banho é para cagar
E não para tocar...

Pena sem culpa

(como tinha prometido há uns dias atrás, aqui fica a minha opinião sobre a idade máxima de inimputabilidade)
Entende-se por imputabilidade a capacidade que alguém tem de ser considerado culpado da prática de um crime.
No nosso sistema penal, são inimputáveis (não podem ser condenados pela prática de nenhum crime, porque existindo o crime e sabendo quem foi o seu autor, “não existe culpa”) os menores de 16 anos e os interditos por anomalia psíquica. Entende-se perfeitamente que um interdito por anomalia psíquica não deva assumir a culpa dos seus actos porque, na maior parte dos casos, eles nem sabem o que fazem.

Porém é cada vez mais frequente a discussão acerca da idade mínima de imputabilidade. A lei diz expressamente (Art. 19º Código Penal – “São inimputáveis os menores de 16 anos.”) a idade e mais nada refere quanto a este assunto. A solução apresentada pelo CDS-PP era trocar um dígito no tal artigo, o 6 pelo 4, e passar a ser catorze anos a idade mínima de imputabilidade. Quanto a mim é uma visão bastante redutora de toda a situação e que hoje em dia se mostra bastante complexa no que concerne à delinquência juvenil, ou seja, aos crimes praticados pelos menores de 16 anos. Não posso dizer que sei como era antigamente, porque ainda sou novo e não conheço dados concretos sobre este tipo de criminalidade no passado. Mas tenho a perfeita noção que a situação actual é deveras má e deve haver um esforço de toda a comunidade para a inverter. Na minha área, o direito, a acção penal em menores deve ser reforçada, sem que para isso se tenha que modificar a idade de imputabilidade. É essa a terceira via que proponho.
As minhas ideias, na sua génese, propõem uma acção disciplinar mais severa para os inimputáveis criminosos. Por um lado é preciso abandonar o conceito e reformatórios ou centros de detenção juvenil para as escolas-prisões. Estes estabelecimentos deveriam ser utilizados para jovens até aos 22 anos (mesmo que fossem condenados depois dos 16 anos) onde seria mais fácil o acesso à formação profissional. Seria uma alternativa viável para os inimputáveis dos 12 aos 16 anos, quer seja pela prática de um crime grave, quer pela prática reiterada de vários crimes pequenos. Assim existiria um regime de condenações em penas de prisão para um inimputável em “escolas”, em período nunca inferior a um ano lectivo, onde cumpriria pena de prisão e ao mesmo tempo tinha acesso facilitado à instrução escolar.
Também estes estabelecimentos deveriam ser disponibilizados para pessoas até aos 22 anos, se estes quiserem estudar. Se não quiserem estudar, a solução é fácil, uma prisão comum.
Defendo ainda a manutenção da idade mínima de imputabilidade nos 16 anos pois considero que nenhuma pessoa deve ter no seu cadastro actos que cometeu quando era imprudente e não tinha a perfeita noção do que fazia.

Com o alagar do âmbito da detenção e penalização da criminalidade juvenil, poderemos ajudar muitos jovens a reconhecer que o crime não compensa e forma-los para serem cidadãos cumpridores da ordem e da justiça social, sem que para isso tenham o cadastro manchado.
Nu fundo não acrescento muito à legislação existente, apenas exijo que as penalizações de jovens com menos de 16 anos não sejam excepcionais, mas sim uma prática corrente, não só para o bem de Portugal e de todos nós, mas fundamentalmente para o bem dos próprios delinquentes!

Rimas populares

Inicio de uma secção dedicada às rimas populares!

28 fevereiro 2007

Brava Dança

À espera que ganhar coragem para ir ver ao Porto ou o que o sucesso o traga a Aveiro!

PS: Adicionado à minha secção musical um tema dos Heróis do Mar, o meu preferido, por acaso.

26 fevereiro 2007

A LER

Um texto sobre o flop do concerto de hip-hop, na Répública dos Desalinhados.


Informação histórica sobre Santa Joana Princesa, Padroeira de Aveiro, na Alameda Digital.

Código Penal – uma pequena solução


Ver porjecto de lei em: Verbo Jurídico

Sobre isso já falou O Sexo dos Anjos, embora se tenha apenas pronunciado sobre o estado actual do nosso sistema penal. Quanto ás alterações, é de salientar um reforço das penas alternativas. Este reforço nunca poderá ser um meio de esvaziar prisões, mas sim um meio de desenvolver as componentes sociais das penas. Estas penas de substituição (ex.: Trabalho a favor da comunidade), porém, não estão providas de qualquer componente preventiva. Um potencial criminoso pensa “se cometer tal acto posso ir preso” mas nunca pensará “se cometer tal acto posso ter que fazer trabalho a favor da comunidade”. É a psicologia criminal que o comprova e não qualquer teoria ou principio do direito penal. Portanto essas penas de substituição nunca poderão deixar de o ser, ou seja, substitutivas das penas principais (neste momento existem duas penas principais: pena de prisão e multa) e terão que continuar a ser de aplicação ad-hoc, i.e., para cada caso em concreto. No entanto admito que o âmbito da sua aplicação possa ser alargado, nomeadamente substituído penas de prisão superiores, nomeadamente até aos 3 anos (já que ninguém é preso até aos 3 anos, todos levam pena suspensa). O actual projecto de lei apenas alarga a substituição dos 6 meses para os 2 anos.
Concordo assim com o reforço das componentes sociais nas penas. Um exemplo muito comum é o trabalho a favor da comunidade nas instituições que albergam pessoas incapacitadas devido a acidentes de viação, para quem cometer os crimes de Condução perigosa de veículo (291º CP) e Condução sob o efeito de álcool e substâncias psicotrópicas (292º CP), sendo que nestes caso se satisfaz plenamente a componente de prevenção especial na pena, i.e., a função da pena evitar que o condenado volte a cometer o mesmo ou outros crimes.

No entanto a medida quanto a mim, mais emblemática desta revisão é o alargamento da suspensão da pena de prisão, i.e., até agora uma pena de prisão apenas pode ser suspensa para condenações até aos 3 anos, embora essa suspensão possa durar até 5 anos. Esta duração abrange um conjunto de regras de conduta e de comportamentos que o condenado tem que adoptar. Com a aprovação deste projecto de lei, poderão ser suspensas as penas de prisão até 5 anos. Com o regime actual, a maior parte das penas de prisão até 3 anos são suspensas. A partir da entrada em vigor da nova lei, a maior parte das penas de prisão até 5 anos também serão suspensas na sua aplicação. Se até agora havia uma grande variedade de crimes que nunca davam em pena de prisão, daqui a uns meses passarão a existir muitos mais. Esta sim é a grande pedrada nos muros das prisões portuguesas.

A suspensão da pena de prisão deveria ser uma medida excepcional, e não geral, como acontece actualmente. Existem inúmeros crimes com pena de prisão pequena, mas que não prevêem qualquer pena de multa. Um cidadão com o cadastro limpo, que por infortúnio venha a ser condenado por ter cometido um destes crimes, não deverá ir preso. Para isso existe a suspensão da pena de prisão. Não é para condenados, reincidentes nos mesmos crimes, sejam vezes sem conta condenados a pena suspensa, só porque são jovens ou aparentem outra qualquer condição para evitarem serem presos. Hoje em dia, com os recursos e à luz da jurisprudência actual, qualquer pena de prisão até 3 anos é, invariavelmente, suspensa. Esta situação chega ao cumulo dos juízes terem que explicar aos condenados, nas leituras das sentenças, que não foram absolvidos, que as penas foram somente suspensas.

Quanto à parte especial do código penal (crimes e penas) de registar o aumento das penas relativas aos crimes mais relevantes nos últimos anos em Portugal, como a pedofilia, relações sexuais com adolescentes, auxilio à prostituição de menores, violação de segredo de justiça. De fora ficou a agravação de penas para, por exemplo, para os crimes de incêndio florestal.

De registar ainda a inclusão de crimes como tráfico de pessoas, com vista à sua exploração laboral, ou mesmo para exploração sexual ou tráfico de órgãos. Pornografia com menores e actos sexuais com menores entre os 14 e 18 anos, sob forma de prostituição, são também aditados à parte especial. De fora ficam os crimes tipo da criminalidade urbana e sobre os quais já se devia ter actuado à muito tempo. São crimes que estão incluídos em crimes gerais (ex.: Dano, Roubo, Furto) mas a realidade social, quanto a mim, exige a tipificação de actos como o “Roubo ou furto em meio de transporte colectivo”, “Grafitti em meio de transporte colectivo”, “Riscar um automóvel”, “Acção em massa de gang com o objectivo de assaltar um número elevado de pessoas, concentradas num espaço concreto” (tipo: arrastão numa praia ou num comboio), “Incêndio de automóveis”, “Dano em casa abandonada”, “Invasão de casa abandonada”, “Carjacking” Todos estes crimes deveriam ser tipificados, não só para proteger com mais eficácia os cidadãos, mostrando acima de tudo, uma atenção especial das autoridades às novas formas e meios da criminalidade e promovendo um tratamento especial aos infractores, mas também para impedir que tais comportamentos sejam, como se vem verificado, cada vez mais comuns. Contudo o grande passo para se combater este tipo de criminalidade tem que ser dado no reforço dos meios policiais, na consciencialização dos cidadãos e não apenas numa revisão do código penal.

Esta revisão do Código Penal, embora mostrando aspectos positivos e apontado, nalgumas matérias, caminhos adequados, é na sua generalidade uma revisão desadequada à realidade em que vivemos, à actualidade criminal, cuja revisão das penas somente visa um gradual esvaziamento das prisões, e estas continuarão a não ter qualquer efeito preventivo (relativo às prevenções gerais e especiais), muito menos retributivo, para a maior parte dos crimes. Resumindo, em Portugal, o crime compensa e vai continuar a compensar.

Outra questão relativa a esta revisão é a idade de imputabilidade. É um assunto complexo e sobre o qual falarei num próximo post.

Falarei também em breve na revisão do Código de Processo Penal.

Distrito de Aveiro

Líder no aumento de desemprego em 2006 e...






...Líder no encerramento de Urgências em 2007.

Para já vão ser encerradas: Anadia, Espinho, Estarreja, Ovar e São João da Madeira.

Vão-se os empregos, vão-se as urgências, vão continuar as pessoas a votar nos mesmos…

22 fevereiro 2007

Leonel Nunes no Carnaval da Mealhada

Prespectiva do palco no início da actuaçãoCheguei à terra bairradina por volta das 23 horas. Cedo demais, sem duvida, pois tive que aguentar até à uma da manha com samba, samba, samba (até enervava). Mas mal cheguei à tenda de espectáculos vi a carrinha do Leonel junto à entrada e passei mais de duas horas a suspirar que começasse a actuação do rei da MPA.

Lá por volta da uma assisti a uma actuação de palhaços, bastante engraçada e a seguir procedeu-se à divulgação dos vencedores do desfile de Carnaval. Já agora, os Sócios da Mangueira foram os vencedores. Nas paredes da tenda estavam os cartazes dos anos anteriores, sempre com estrelas brasileiras como cabeças de cartaz e ainda hoje, em conversa com alguns amigos meus de terras carnavalescas (Ovar, Estarreja e Ílhavo) vim a saber que o Carnaval da Mealhada é exageradamente abrasileirado e que nas terras deles as coisas são um bocado diferentes. Em verdade, os relatos do sucesso que tem o Carnaval da Bairrada fez-me compreender porque ainda muita gente vê as telenovelas brasileiras, apesar de produzirmos novelas de muito melhor qualidade, como se não bastasse a inexistência de brasileiras aos gritos.

Deixemo-nos de discussões carnavalescas e centremo-nos na actuação de Leonel Nunes.

Começou logo depois de anunciados os vencedores do samba, por volta da 1:30h. Leonel entrou como sempre a matar com "Mulher Ingrata" percorrendo durante mais de 45 minutos alguns dos seus êxitos, onde se incluiu, surpreendentemente, a musica cartão de visita de Nuno Nunes, "No cometa o foguetão".

Pouco depois do início da actuação, um comboio humano invadiu o palco, como de pode ver nesta imagem.
Comboio, uma luz apontada ao telemóvel estragou a imagemPor volta das 2:30h, passada que estava uma hora de concerto, quando Leonel já ia na sua habitual "Rapidinha" de despedida, parte dos foliões invadiram o palco e, literalmente, obrigaram-no a prosseguir a actuação por mais meia hora, onde permaneceram sempre no palco até se esgotarem as forças e este ter que dar por terminada a actuação, por volta das 3h. Durante essa invasão de palco, foram inúmeras as quedas provocadas por alguma alegria excessiva, assim como as trombadas no garrafão.
Invasão de palco, perto do finalAcabou o concerto, peguei no garrafão quase vazio, trouxe-o como recordação, mais uma vez, e utilizei-o como almofada quando me deitei na estação de comboio da Mealhada, comboio esse que só viria a chegar 3 horas depois, lá pás 6. Apesar do frio que fazia, fui-me entretendo com o telemóvel, a ouvir algumas músicas de Leonel Nunes que me costumam acompanhar quando faço longas viagens.
PS: andavam lá uns senhores a filmar, provavelmente para fazer um DVD. Se o conseguir arranjar (muito provavelmente) publicarei os videos da actuação do Leonel que eles colocarem.

A bem da Nação

Desde que abracei o nacionalismo como ideologia, comecei a interrogar-me quem seriam os meus inimigos. Não os podia procurar no estrangeiro, como os judeus, americanos ou muçulmanos, mas sim fazer uma longa busca dentro do meu país e conhecer aqueles que combatiam o nacionalismo ou que duma maneira ou de outra opinavam e atentavam contra a nação lusitana, a sua soberania, o seu povo e os seus valores. Descobri que quem era meu inimigo não era aquele tipo que desta a chamar fascista a todos (mais conhecido por rasta) ou aquele que se diz antifa e chama nazi a tudo quando não seja se foice e martelo. Os meus inimigos não eram esses acéfalos. Eram pessoas muito mais inteligentes. Integrei-os em várias classes:

  1. Pessoas cuja principal ocupação é denegrir a imagem do Estado Novo e de pessoas como Salazar, promovendo descaradamente a democracia e não deixando margem de manobra a quem, como eu, gosta de evidenciar aquilo que de mau tem a democracia e de saber a verdade sobre o Estado Novo.
  2. Jornalistas: Controlam a transmissão das notícias, funcionam tipo crime organizado, bastante unidos, promovendo e ignorando aquilo que querem.
  3. Políticos: os que nos colocaram na União Europeia e quem pretender fazer de nós federados de Bruxelas, sem soberania, sem independência, sem identidade.
  4. Políticos 2: aqueles que nos têm desgovernado nos últimos 30 anos.
  5. Políticos 3: Todos aqueles que duma maneira ou de outra apresentam propostas que atentam contra a soberania, independência, valores de Portugal e nosso Povo.
  6. Moralistas: Aqueles que se acham com capacidade para falar em nome de todos.

Esta última classe incluí-a recentemente, na campanha do último referendo, mas só a estou a referir agora por causa de um artigo de opinião que tive a infelicidade de ler no Público de ontem. Estava assinado por Carla Machado e consistia na transcrição de uma carta elaborada por uma professora universitária anónima em que Salazar agradece a Jaime Nogueira Pinto a apresentação do tão famoso documentário. São bem notados os recursos ao sarcasmo. Também a autora brinca com a expressão "A Bem da Nação", tantas vezes utilizada por Salazar. Pois digo-lhe que a nação é a justificação suprema, o bem superior pelo qual lutam os nacionalistas. E se divergências existem entre nós, é porque não concordamos com aquilo que é melhor para a nação. Mas a nossa acção, a nossa luta é e sempre será em prol da nação. A actual classe de jacobinos que nos (quer) controla(r) age em favor de si, da sua categoria ou grupo, e não conseguem entender como alguém pode visar somente um país e um povo. Foi essa repetição que me irritou. A bem da Nação tudo se pode e deve fazer!

Clicar para conseguir ler

Desconheço por completo quem seja a autora deste texto ou a sua publicadora, mas como não deixou nenhum contacto limito-me a fazer-lhe uma pequena resposta pública. Muito ficou para dizer, mas como não sou moralista, apenas posso falar por mim próprio.

21 fevereiro 2007

As outras deslocalizações

Num circo político como o português, onde os políticos e os jornalistas assistem, sempre num tom de uma certa altivez brincalhona, à luta incansável das populações para que se mantenham os poucos estabelecimentos públicos que ainda se situam nas suas localidades, apenas vi Pedro Santana Lopes (jornal Público de ontem) atacar esta politica do governo de Sócrates. Criticou, e bem, mas apenas para apontar erros à governação de Sócrates e não pelo interesse que nutre, ou não, face à população daquelas localidades. Maternidades até agora foram 8: Amarante, Mirandela, Barcelos, Oliveira de Azeméis, Elvas, Figueira da Foz, Lamego e Santo Tirso. E destas 3 (Castelo Branco, Covilhã e Guarda) duas vão fechar. As ameaças são mais que muitas às instituições das populações mais isoladas e distantes do resto do país. Em vez de promover essas regiões através de uma descriminação positiva, faz-se precisamente o contrário. Faz-se tudo para que ninguém vá residir para o interior, e faz-se mais ainda para os que lá vivam emigrem ou fujam para o Litoral.

Portugal é um espaço complicado em termos demográficos. Temos inúmeros concelhos sem um mínimo exigível de população residente. Por outro lado, pode ser exequível um concelho com 6000 habitantes, mas quando quando apenas 1000 se concentram no centro e os outros 5000 estão espalhados por 10 freguesias (números meramente exemplificativos) torna-se difícil fornecer os mesmos serviços, acessos rodoviários, etc. a toda a população. Ainda há dias estive numa freguesia do concelho de Anadia que têm 3000 habitantes, mas está dividida em 14 lugares, todos bem separados uns dos outros. Ou aqueles concelhos no Minho com 100 mil habitantes e com 50 ou mais freguesias. São um sem número de serviços que têm que ser instalados em quase todas as freguesias. Assim torna-se difícil a manutenção dos serviços perto das populações. Em Arouca, onde costumo ir fazer montanhismo, existe uma freguesia com 200 habitantes, dividida em 5/6 lugares, e que fica a meia hora da sede do concelho. Para além de não terem nenhum serviço público (a junta fica no lugar central, mesmo assim o resto da população fica a 1/4 de hora do centro) ficam a mais de meia hora de alguns dos serviços básicos (câmara municipal, urgências médicas, etc.). E se vocês soubessem como são as estradas para lá...

Perante estes factos o mais importante é: tentar fixar as populações nas capitais de concelho (concelhos com muitas freguesias com pouca população), não expondo, assim, parte dela a uma grande distância dos serviços básicos. Tentar afastar as pessoas das grandes cidades (Lisboa e Porto), tornando a vida nelas complicada e exaltando as facilidades da vida no resto do país. Erradicar as universidades, por exemplo, das grandes cidades, para os estudantes sejam obrigados a sair destas. Incentivar os funcionários públicos a saírem de Lisboa e a irem viver para o resto do país, aumentando a eficiência dos serviços públicos na maior parte do país e tornando a vida em Lisboa insuportável. Deslocalizar serviços da administração central de Lisboa, colocando-os noutras localidades, não necessariamente longe de Lisboa, mas nunca no seu centro.

Sei que são medidas que atentam contra liberdades e direitos elementares das pessoas (por isso falei em "tentar") e por outro lado são bastante radicais, mas quanto mais tarde se começar a agir, mais tarde se verão resultados. E enquanto o tempo passa, o "interior" perde direitos e Lisboa passa ao lado desta realidade (pudera, é lá que moram os políticos e os jornalistas).

Um dia destes explico-vos porque se vive tão bem cá em Aveiro.

20 fevereiro 2007

Aristides, por onde andais?

Tenho vindo a constatar que muitos moralistas da nossa praça andam a decidir votar em Aristides de Sousa Mendes. É uma posição politicamente correcta. Não se lhe conhecem opiniões politicas de qualquer espécie, apenas sabe que passou 30 000 vistos a judeus quando era cônsul de Bordéus. Mas afinal, se estavam 1 milhão de refugiados em Lisboa durante a 2ª guerra mundial, e se muitos outros utilizaram Lisboa como ponto de passagem para a América, quem passou os outros centenas de milhares de vistos? Se Salazar não queria refugiados em Portugal, porque centenas de milhares de refugiados permaneceram em Portugal durante a 2ª guerra mundial?
Comecemos pelo início, o início do Sr. Mendes. Lembro-me que por volta do ano 2000 apareceu um cartaz lá na escola a dizer: "Sabe quem foi este homem? salvou 30 000 judeus...". Nessa altura é que se começou a falar de Aristides, já que nessa altura absolutamente ninguém o conhecia. Resta-me saber quem orquestrou tal campanha. Ponto 2: A fundação ASM. É curioso que no cinquentenário da sua morte, familiares dele se tenham revoltado contra a Sra. Maria Barroso, que tinha sido nomeada Presidente da Fundação, dizendo que não iriam admitir que ela fizesse o mesmo que fez quando esteve na Cruz Vermelha. No dia seguinte demitiu-se. O mais curioso desta história é que o familiar mais próximo de ASM residente em Portugal é um fervoroso Salazarista. Caricato foi ainda quando a Sra. Barroso não sabia onde estava enterrado ASM, passando uma enorme vergonha no tal cinquentenário.

ASM é assim o produto de uma última tentativa de exaltação de combatentes do Estado Novo perpetuada pelo nosso sistema. O concurso Grandes Portugueses é apenas um excelente meio.

Já ouvi dizer que não se estava a eleger o melhor português mas o maior português. Não se podem eleger portugueses que não tiveram uma acção decisiva na nossa história e na nossa cultura. Dos grandes, o objectivo é eleger o melhor. Aristides pode ter sido bom, mas não foi grande. Não foi grande, por causa de muitas coisas, como já expliquei. O bom, deixo ao critério de cada um.

Aristides morreu pobre? Não acredito, mas de certeza que não morreu a lutar contra o Estado Novo, mas sim arrependido com os sucessivos erros que cometeu na sua vida e que o deixaram sozinho no seu palácio em Cabanas de Viriato, para cumprir os seus últimos dias. Paz à sua alma.

Se fosse para eleger o bom português, tinha votado no Padre Américo, pelo menos o seu trabalha ajudou e continua a ajudar portugueses, crianças indesejadas ou órfãs.

Para os nossos moralistas, é uma luta entre o bem, ASM, e o mal, Oliveira Salazar. Do mal, o menos, que ganhe Salazar, que para falsos heróis já basta a lista de militantes do PCP...

Em Mudanças

Mudei algumas coisas na barra lateral. Não está bom, mas está melhor!

Para os pontas de lança do sistema:

Porque razão não se pode dizer a verdade sobre o estado novo e se pode fazer um documentário a negar o arrastão?
Porque razão se pode passar repetidas vezes o Loose Change na RTP e não se pode sequer questionar a versão oficial sobre os campos de concentração nazis na segunda guerra mundial?
Porque razão andais vós tão assustados?

19 fevereiro 2007

António Sardinha

É verdade que não sei bem quem foi, nem sei aprofundadamente o que é o Integralismo Lusitano, mas um texto que li quando tinha 16 anos suscitou-me bastante curiosidade. Talvez esta seja a oportunidade para adquirir este livro, porque já folhiei as primeiras páginas e estou curioso em continuar a ler.

E nem todas as cidades têm a oportunidade de ter uma rua "António Sardinha".

Na Gafanha da Nazaré

E vão 8 jogos sem perder...

Clicar para ver em tamanho real Ver também: Rádio Terra Nova e Diário de Aveiro

Documentário Salazar

Aqui ficam os links para as 6 partes do documentário sobre Salazar, dirigido por Jaime Nogueira Pinto, transmitido no dia 13 de Fevereiro pela RTP, incluido no programa Grandes Portugueses.

Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6

16 fevereiro 2007

A história, o que diz e o que poderá dizer!

Desde que começou o concurso Os Grandes portugueses, muito se têm falado sobre Salazar. Já não com a manipuladora ira de antigamente, mas felizmente com algum distanciamento, com análises calculadas e mais rigorosas.
A indignação que se seguiu ao documentário, narrado por Jaime Nogueira Pinto no dia 13, foi a reacção mais visível a toda esta movimentação, iniciada em Outubro. Porventura, pensariam os fazedores de opinião que continuavam a controlar os meios de comunicação social e consequentemente conseguiriam controlar e conter esta pequena exaltação de Salazar. Mas a RTP, e bem, decidiu que, apesar deste resultado inesperado, conduziria até ao fim este programa como planeado. Nisso constou dar a oportunidade ao defensor de Salazar de produzir e narrar um documentário sobre a sua figura. Não sei porque ninguém se indignou quando os outros defensores produziram documentários tendenciosos sobre a sua figura, mas com Salazar até se falou em revisionismo.
De facto, este movimento tem assustado algumas pessoas.

Analisemos esta questão a partir de dois pólos: O estudo histórico e, mais importante, o tratamento dos dados que o passado nos revela.

(Continua um dia destes)

15 fevereiro 2007

Recomendando pelas ondas...

... Ondas Luísianas, todos os Sábados às 00h e às 17h, na Antena 1!

Podem ouvir as últimas emissões aqui!

Eu ainda vivi parte desta descrição!

De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos. Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas "à prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes. Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags - viajar à frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.
Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso. Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pela rua abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos estatelados no alcatrão, aprendíamos. Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.
Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet ou HI5. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua.
Jogávamos ao alho e ás escondidas e a bola até doía! Caíamos das arvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem dar grande importancia a isso. Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos em extases de adrenalina. Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé ou à «penda» no eléctrico para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem. Criávamos jogos com o que encontrávamos na rua.
Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei. Esta geração produziu desenrascados e sobreviventes. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo. És um deles? Parabéns! A maioria dos estudantes que estão nas universidades hoje nasceram em 1986...chamam-se jovens. Nunca ouviram "Hotel California" e uptown girl conhecem de westlife e não de Billy Joel. Nunca ouviram falar de Tony de Matos, Banarama ou Frank Zappa.
Para eles sempre houve uma Alemanha e um Vietname. A SIDA sempre existiu. Os CD's sempre existiram. O Michael Jackson sempre foi branco. Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia deus da dança. Acreditam que Missão Impossível e Anjos de Charlie são filmes do ano passado. Não conseguem imaginar a vida sem computadores. Não acreditam que houve televisão a preto e branco, só com 2 canais e a transmitir meia duzia de horas por dia. Que as familias se juntavam à noite para jogar às cartas e ao dominó enquanto ouviam na rádio um programa chamado «Quando o telefone toca».
Ainda vivi algumas das situações que aqui são enumeradas, tive essa sorte!

Leonel Nunes em Aveiro

(Desculpem a má qualidade das imagens, mas é o melhor que o meu telemóvel consegue)

Leonel no centro do Coreto Foi com alguma pena que decorreu o concerto de Leonel Nunes em Aveiro. Não é que tenha morrido alguém, mas a chuva intensa que se verificou durante a quarta-feira afastou muitos estudantes de estarem presentes no Parque Infante D. Pedro em Aveiro. Por outro lado, a macadâmia enlameada também contribuiu para manter a plateia incomodamente quieta durante toda a actuação.
Mas não foi isto tudo que impediu centenas de estudante de Aveiro de presenciarem pela primeira vez um arraial com Leonel Nunes.


No início do concerto, a vista era desoladora
O artista começou a actuar por volta das 22 horas. Entre várias musicas, umas mais conhecidas e outras nem por isso, lá foram surgindo êxitos como "Mulher Ingrata", "Pau da roupa Velha", "Um pepino entre os tomates", entre outras.

O momento mais alto do concerto foi quando lhe perguntamos o que iríamos oferecer às nossas namoradas dia 14. A resposta não podia ser mais taxativa: "Um Caralho da Caldas" e logo a seguir tocou a musica do "presente das Caldas".

Eram inúmeras as vindas à frente do Coreto, onde ia abastecer-se do seu néctar e também partilhá-lo com alguns dos seus fans.
Os momentos onde era mais ovacionado
A partilha do Néctar!Antes dos final da actuação, por volta das 24 horas, ainda cantou o hit "Porque não tem talo o nabo" e despediu-se com a habitual saudação de "Boa Noite do Homem do Garrafão".

O arraial terminou com a actuação Tuna Feminina da AAUAv e da TUA, organizadora do Arraial.

No final da noite, ainda tive a oportunidade de ficar com o garrafão da actuação, que guardo, desde então, religiosamente no meu quarto.

Da plateia eram frequentes os gritos: "É Deus!". Não sei se é Deus, mas temos que agradecer muito a Deus por nos ter arranjado um seu semelhante, de nome Leonel!

13 fevereiro 2007

Depois do referendo

...só me apetece referir:

Que há muita gente, principalmente em Lisboa, que julga que o expoente máximo da música pimba é Tony Carreira. É certo que se tornou no cantor mais popular num determinado extracto social ligado à vida rural, dos pequenos meios, mas quem afirma isso... das duas, uma: ou não sabe o que é TonyCarreira, ou não sabe o que é música pimba.

Para conhecer um pouco Tony C. vejam alguns destes videos.


é música pimba, visitem o portal, mas uma coisa vos aviso: qualquer semelhança com a verdadeira música pimba, iniciada no famoso verão de 95 por Emanuel, é mera coincidência.

Então, o que realmente é Tony C.? Musica POP, tão POP como o americano que passa todas as horas na MTV. Tirem a voz do homem e verão que as musicas são idênticas. Aliás, ele tem algumas músicas com sons iguaizinhos às músicas de um Ricky Martin...

05 fevereiro 2007

Incontinências Ocidentais

Quinze soldados britânicos com menos de 18 anos foram enviados para o Iraque depois de 2003, apesar da Grã-Bretanha ter ratificado um acordo da ONU contra as crianças-soldado, admitiu o ministro da Defesa.
Não é por se ter 18 anos (mais um dia) que se está mais preparado para enfrentar um cenário de guerra nem tão pouco é por se ter 18 anos (menos um dia) que se é uma criança que não pode ser mobilizado para um cenário como o do Iraque. As imagens de acidentes de carro ou de intervenções cirúrgicas repugnam a mim e a muitos mais velhos que eu, mas não é por isso que deixaria de estar preparado para estar num cenário de guerra. De certeza que os soldados que foram para o Iraque o fizeram de livre vontade, porque não existe recrutamento obrigatório na Grã-Bretanha.

Por outro lado, porque se preocupam tanto com uma dúzia de soldados que foi combater a poucos dizer de fazer os 18 anos, quando na maior parte desses países muçulmanos, uma criança com 12 anos recebe de presente uma Kalashnikov, não por amor, mas porque será obrigada a combater!

04 fevereiro 2007

Aborto: 10 semanas, 10 perguntas!

Com liberdade, responda a estas 10 perguntas. No final, some os "Sim" e os "Não". Terá descoberto, através deste Exercício de Amor, qual o sentido de voto que a sua consciência lhe pede.

A uma mulher com dificuldades na vida é a morte do filho que a sociedade oferece?

Liberalizar o aborto torna a sociedade solidária?

A mulher é mais digna por poder abortar?

Uma sociedade que nega o direito a nascer, respeita os Direitos Humanos?

É maior o direito da mãe a abortar do que o direito da criança a viver?

Sem razão clínica, abortos são cuidados de saúde?

Concorda que a saúde de outras mulheres fique à espera? (para que o aborto se faça até às 10 semanas)

Aborto "a pedido da mulher". Há filho sem pai?

Quem engravida gera um filho. Mata-se um filho?

É-se mais humano às 10 semanas e 1 dia do que às 10 semanas?

Positivamente Não

Porque existem tantos homens bomba?

Toda a gente pergunta: Por que os terroristas árabes estão sempre loucos para se suicidar?
É muito simples... olhem só....
É proibido:
1°) Sexo antes do casamento.
2º) Beber bebidas alcoólicas.
3º) Ir a bares.
4º) Ver televisão.
5º) Usar a Internet.
6º) Desportos, estádios, festas.
7º) Buzinar.
8º) Comer carne de porco
9º) Música não-religiosa.
10º) Ouvir rádio.
11º) Barbear-se.
Além do mais,
12º) Há areia por todos os lados e nenhum buggy para se divertirem. 13º) Farrapos em lugar de roupas.
14º) Come-se carne de burro cozida sobre bosta de camelo.
15º) As mulheres usam burka e não dá para ver sequer a cor dos olhos.
16º) A esposa é escolhida pelos outros e o rosto é visto só na procriação.
17º) Sexo depois de casado só para procriar e feito no escurocom a mulher vestida com o shake.
18º) Reza-se a Alá, às 6:00, 9:00, 12:00, 15:00, 18:00, no pôr-do-sol, às 21:00 e 00:00.
19º) A temperatura básica nos países árabes é entre 45º 58º e em alguns lugares até mais.
20º) Para economia de água, banho apenas uma vez por mês, sónas partes - digamos - mais sujas (então devem ser os pés).
21º) E dizem-te que quando morreres, vais para o paraíso e terás tudo aquilo com que sonhas!
Nomeadamente 40 virgens
Agora, pensa bem e diz a verdade: também não te matarias?

03 fevereiro 2007

A Sanfona

Estava eu a ver as últimas do Portal Pimba quando me deparei com a música da Sanfona, de Jorge Amaral.



ah... pensei que fosse outra coisa! Tipo um acordeão...

Ai, Porto...

Só lá vais com ciganos, quase como o Benfica, que só lá vai com ciganas...

Revelei-me

Criei uma página na Blogopédia com a minha biografia! Nem eu sabia que era assim...

Arraial da TUA


Como podem ver no pasquim da TUA e no Portal Pimba, esta Quarta-feira teremos o maior teclista de Portugal, Leonel Nunes, no parque do estádio velho, lá na zona do coreto. A festa começa por volta das 16 horas e prolonga-se até à meia-noite, com a actuação do Rei prevista para as 21 horas.


Deixo-vos, em época de eleições, uma nova proposta eleitoral. O Partido do Tintol!

Créditos: Portal Pimba.

Memórias Desportivas IV

Acerca também das bolas nos postes!

Acerca do SLB vs BFC

Parecia o Gafanha vs Tocha, mas desta vez fiquei contente com o resultado.

Números...

Se forem ao Dossier do Jornal Público sobre o referendo, verão uma caixa do lado direito com o título: Números. Quase todos eles provenientes do famoso estudo da Associação de Planeamento Familiar sobre os números de abortos em Portugal.
Parante tal facto é por de mais notória a parcialidade com que este assunto é tratado pelos orientadores das massas.
Porque não publicam eles a quantidade de mulheres grávidas que foram ajudadas pelas chamadas "associações criminosas"?
Quanto aos números, nunca é por de mais citar Garcia Pereira: "Cada um pode fazer sondagens, eu, por exemplo, fiz ontem uma na nossa sede e concluí que não só iamos ter maioria absoluta, como iriamos ter 100% dos votos" mais palavra, menos palavra...

À Palla do Governo...

Ela foi entrevistada, disse tudo o que quis e obrigou o não a reagir.

Eu sabia que já tinha visto este nome em algum lado. Esqueceu-se o Público de divulgar o nome completo da Palla: Maria Antónia Palla Assis Santos. Mesmo assim o nome não me dizia nada. Mas quando descobri o que fazia, lembrei-me logo de um texto que recebi certo dia. A dita senhora é Presidente da comissão administrativa da Caixa de Providência e Abono de Familias dos Jornalistas. E é mãe de duas das pessoas com mais influência no nosso país: o ministro António Costa e o director da SIC Noticias, Ricardo Costa.

Como o lado do sim têm tendado, em vão, denegrir a imagem dos defensores do não, por causa deste blogue, acho eu que a senhora, que chamou associações criminosas àquelas que apoiam as adolescentes grávidas, é capaz de incorrer num crime, infelizmente sem pena: a cunha! Eis o texto que recebi:


A opinião pública é fabricada por quem? Pela COMUNICAÇÃO SOCIAL.
E porque é preciso ter os jornalistas na mão.... O subsistema de saúde "dos fazedores de opinião" é INTOCÁVEL!!!
A Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas é dirigida por uma comissão administrativa cuja presidente é a mãe do ministro António Costa (PS) e do Director-Adjunto da Informação da SIC, Ricardo Costa. Maria Antónia Palla Assis Santos - como não tem o "Costa", passa despercebida...
O Ministro José António Vieira da Silva (PS) declarou, em Maio último, que esta Caixa manteria o mesmo estatuto!Isso inclui regalias e compensações muito superiores às vigentes na função pública (ADSE), SNS e os outros subsistemas de saúde.

Lendo o final da entrevista, compreendemos que o problemas dos Costas é meramente hereditário...

Para a jornalista e activista dos direitos humanos, a despenalização do aborto é a conquista da "última liberdade" das mulheres, que devem ter o direito de decidir "quando, quantos e se querem ter um filho", mas é também o reconhecimento do "direito da criança a ser desejada". Por isso, qualifica de "associações criminosas" aquelas "que dizem às adolescentes para terem filhos, porque elas depois dão-lhes um berço, quando "uma criança precisa de muito mais do que um berço" e "uma mãe adolescente, na melhor das probabilidades, é uma mulher sem futuro", atira. O contrário é "reproduzir a pobreza, em vez de incitar à consciência e à responsabilidade".

01 fevereiro 2007

No minimo curioso

Descobri um artigo espanhol sobre o nosso referendo.

Sabe sempre bem, de vez em quando, alguma imparcialidade e distanciamento na analise que se faz a toda esta temática. Para além de algumas imperfeições, parece-me correcto este artigo.

Blogue do Não

Aproveito este post para fazer publicidade ao Blogue do Não e para dizer que acertei a esta pergunta.

Hoje o dia está-me a correr bem!

Hipocrisias

Cliquem para ler a incipiente notícia que origina esta parcialidade
Através destes pequenos (risos amargos...) detalhes, o DN afirma-se verdadeiramente como o pasquim oficial do SIM. Sei que houve um orgão de comunicaçao social generalista que afirmou desde o início a sua posição a favor do não. Apartir daí, os ouvintes já sabem com o que contam quando sintonizarem a RR. De lembrar que o DN foi ainda o porta voz do descontentamento do sindicato dos jornalistas face à posição da RR.

O que interessa neste momento é saber informar. E para se saber informar, é necessário ser-se verdadeiro.

Os jornalistas da RR andam ocupados, a tentar oferecer uma informação verdadeira e fiel aos seus ouvintes, enquanto outros jornalistas passam o dia a escrever em blogues a apelar ao sim e trabalham nos seus pasquins "imparciais"... deixemo-nos de merdas e vamos assumir de uma vez por todas o falta de verdade no nosso jornalismo. Salve-se a RR. E ainda acusam os católicos de serem hipócritas!

Sabia que...

...quem destruir um ninho de ovos de uma águia pesqueira é punido com uma pena até três anos de prisão?
...quem fotocopiar um livro incorre numa pena de prisão até três anos?
...segundo a lei portuguesa o embrião (independentemente da semana em que se encontra) pode receber heranças deixadas em testamento e mesmo que ganhe o sim esta lei não será alterada ?
...a lei que está por detrás do referendo não prevê nenhum acompanhamento psicológico à mulher que aborta?
...a mãe poderá abortar mesmo que o pai tenha condições e vontade de acolher e educar o seu filho?
...para duas pessoas casadas se desfazerem de uma casa ou de um carro só o podem fazer de mutuo acordo?
...mesmo contra a sua vontade, assim que nascer o bebé, o pai é obrigado por lei a dar-lhe o seu nome e a contribuir financeiramente com uma mensalidade?
...NADA na nova lei proposta obriga (ou aconselha) a mulher a consultar o pai da criança?
E mesmo assim vai votar para que mais mulheres não sejam presas? quantas estão neste momento?
O meu voto é NÃO!