04 fevereiro 2007

Aborto: 10 semanas, 10 perguntas!

Com liberdade, responda a estas 10 perguntas. No final, some os "Sim" e os "Não". Terá descoberto, através deste Exercício de Amor, qual o sentido de voto que a sua consciência lhe pede.

A uma mulher com dificuldades na vida é a morte do filho que a sociedade oferece?

Liberalizar o aborto torna a sociedade solidária?

A mulher é mais digna por poder abortar?

Uma sociedade que nega o direito a nascer, respeita os Direitos Humanos?

É maior o direito da mãe a abortar do que o direito da criança a viver?

Sem razão clínica, abortos são cuidados de saúde?

Concorda que a saúde de outras mulheres fique à espera? (para que o aborto se faça até às 10 semanas)

Aborto "a pedido da mulher". Há filho sem pai?

Quem engravida gera um filho. Mata-se um filho?

É-se mais humano às 10 semanas e 1 dia do que às 10 semanas?

Positivamente Não

6 comentários:

Anónimo disse...

respostas:

1- não. realmente se não fizer um aborto legal fará um de vão de escada que a deixará em fraca condição física, psicológica, e porque não mesmo às portas da morte... ou no melhor dos casos uma vida com ainda maiores dificuldades.

2- não. a pergunta não fala em liberalizar o aborto, mas sim em despenalizá-lo.

3- a muher n é mais digna por abortar, pretende-se é que haja dignidade quando comete esse acto.

4- os direitos humanos restringem-se a pessoas humanas, não a seres humanos (sabem a diferença?)

5- mas o feto às 10 semanas pensa por si próprios??? (quando é dado adquirido que o faz apenas a partir dos 7 meses).

6- mas há alguém que use o aborto como método contraceptivo? mas os movimentos do não também não são contra o uso de contraceptivos e de planeamento familiar e educação sexual?

7- será melhor deixar as mulheres entrar de imediato nas urgências com abortos feios com cytotec que as pode levar à morte? pensei que o aborto teria de ser marcado com antecedência...

8- nunca vi nenhum pai a ser julgado ao lado das mulheres que fazem abortos (quando são eles maioritariamente que a levam a fazê-lo).

9- cada um chama o que quiser. eu chamo-lhe feto... sem capacidade de pensamento, e apenas com as funções vitais (se tanto) desenvolvidas.

10- claro que não, mas as estatísticas mostram que 80% das mulheres fazem abortosaté às 10 semanas.

realmente digo não em todas... mas caramba, não sou suficientemente hipócrita para ditar e julgar o que os outros fazem com as suas vidas, e vir com falsos moralismos!!!

ninguém faz um aborto de consciência tranquila, e ainda querem penalizar as mulheres (mas não os homens...).

deixemo-nos de ideias de país de 3º mundo senão nunca chegaremos a lado nenhum

Anónimo disse...

Aos Senhores do Não!
Meus Senhores,
Sobre o tema que escrevem, a Interrupção Voluntária da Gravidez, por ser tão dramático, deveriam optar por uma argumentação, menos demagógica e sensacionalista, ou seja, mais séria!
Portanto o mínimo que vos peço é para que sejamos sérios!
Vamos a factos:
1º- O Aborto clandestino existe, não podem ignorar esse facto!
2º- Segundo dados da Associação para o Planeamento da Família, em 2006, fizeram-se, 23 000 abortos clandestinos em Portugal;
3º-Nos últimos 10 anos, 100 mulheres morreram vitimas de aborto clandestino;
4º- A lei actual é criminalizadora, poderá conduzir a uma pena de prisão de até 3 anos, sujeitando as mulheres que recorre à IVG, à humilhação pública, estigmatizando-as e devassando as suas vidas privadas.
O que se está a referendar é a seguinte questão: Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?. Nem mais nem menos!
Há oito anos estávamos nós a debater esta mesma questão, quando os senhores vieram defender o mesmo não. Um dos argumentos utilizados era afirmar que lei era perfeitamente aceitável para resolver a questão do aborto clandestino.
Ora, oito anos passados verificamos que tal não é verdade. Segundo as estimativas em Portugal realiza-se cerca de 23 000 abortos clandestinos.
Cerca de 23 000 mil mulheres, repito, recorrem ao aborto clandestino, pondo a sua vida em graves perigos físicos e psíquicos.
Logo a lei actual é ineficaz e não dá resposta ao problema do aborto clandestino.
Assim sendo, das duas uma, ou fazemos como os senhores, metemos a cabeça na areia como as avestruzes, compactuando com esta realidade ou temos capacidade mental suficiente para verificar que é necessário mudar a lei.
Em 1995 a Conferência Internacional das Nações Unidas sobre a População e Desenvolvimento deliberou que o aborto clandestino é um grave problema de saúde pública.
Um ano mais tarde, a IV Conferência Internacional da Mulher declara: “o aborto em condições precárias ameaça a vida de um grande número de mulheres, representando um perigo grave para a saúde pública e são, primeiramente, as mulheres mais pobres e mais jovens que maiores riscos correm”.
A União Europeia avançou também com recomendações aos seus estados membros: “O Parlamento incentiva os Estados-Membros e os países candidatos à adesão a pugnarem pela implementação de uma política de saúde e social que permita uma diminuição do recurso ao aborto e deseja que esta prática seja legalizada, segura e acessível a todos”. Os países da União Europeia com legislação mais restrita são Malta, Irlanda, Polónia e Portugal.
Em 2002 o organismo da ONU,CEDAW (Comité das Nações para a Eliminação da Descriminação Contra as Mulheres) lançou um aviso ao governo português: “O Comité está preocupado com as leis de aborto restritivas em vigor em Portugal, em particular porque os abortos clandestinos têm sérios impactos negativos na saúde das mulheres “.
Sendo impossível assegurar a infalibilidade dos meios de contracepção, a possibilidade de interromper uma gravidez em condições de segurança e no quadro da legalidade, em estabelecimentos de saúde devidamente autorizados, é uma exigência de saúde pública.
Para além disso, permite acompanhar e integrar no sistema de planeamento familiar todos aqueles que não tiveram acesso à contracepção e a uma educação sexual informada e responsável, evitando a ocorrência futura de gravidezes indesejadas.
Esta é uma solução que conduziu a um menor número de abortos no caso dos países europeus que por ela optaram.
O facto de defender a despenalização do aborto (é isso que está em causa!) não significa que não seja pela vida.
A interrupção de uma gravidez não é desejável por ninguém, o recurso ao aborto não pode ser encarado como algo simplesmente leviano e fácil.
Em todas as mulheres que recorrem á IVG há um conflito interior enorme, um grave dilema moral. Pensar o contrário é não confiar nas mulheres, é achar que o aborto vai explodir como se banalizasse um novo método contraceptivo.
Não encontram uma única pessoa, que vote SIM (como eu!) que defenda o aborto como método contraceptivo. O que se pretende é dar condições e fazer um acompanhamento ás mulher que em último recurso recorrem á IVG para que tomem essa decisão me consciência.
A liberalização do aborto é o já existe: chama-se vão de escada, uma economia clandestina que desgraça mais do que ajuda.
O que se pretende é acabar com esta liberalização forçada, tornar clinicamente seguro um acto que não deve ser pago com a cadeia, como prevê a actual lei.
Por isso digo SIM a uma lei que respeite as convicções pessoais, éticas, religiosas e filosóficas de cada um.
Digo SIM a uma lei que parta do princípio de as mulheres têm capacidade para decidir em consciência. Haverá sempre mulheres que optarão por levar até ao fim uma gravidez que não planearam; e haverá sempre, também, outras que optarão, em consciência, por não o fazer.
Digo SIM à vida – em toda sua plenitude.
Deixemos de ser hipócritas, preocupemo-nos com os que sofrem nos dias de hoje os reflexos de uma sociedade intolerante, egoísta e hipócrita!

SIM, pela saúde mas mulheres!!!
SIM, por uma maternidade e paternidade conscientes!!!
SIM, pelo planeamento familiar e pela educação sexual!!!
SIM, PELA DESPENALIZAÇÃO DA INTERUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ!!!

Já a formiga tem catarro disse...

Estes pseudo moralistas do 'não' são mesmo engraçados...

Vera disse...

"1- não. realmente se não fizer um aborto legal fará um de vão de escada que a deixará em fraca condição física, psicológica, e porque não mesmo às portas da morte... ou no melhor dos casos uma vida com ainda maiores dificuldades."

O Aborto legal não põe de parte essas hipóteses, muito menos a dos traumas psicológicos. O vossos argumento de "as ricas podem e as pobres não" vira-se contra
vocÊs: as ricas podem ter os filhos, as masi pobres são empurradas para o aborto, por quem se diz "socialista".
"2- não. a pergunta não fala em liberalizar o aborto, mas sim em despenalizá-lo."

Se lêsses a lei era melhor.

"3- a muher n é mais digna por abortar, pretende-se é que haja dignidade quando comete esse acto."

Onde é que está a dignidade do acto de abortar, mesmo?

"4- os direitos humanos restringem-se a pessoas humanas, não a seres humanos (sabem a diferença?)"

Ou seja, mais valia deixarem abortar até ao momento anterior ao parto, vulgarmente aos 9 meses, correcto?

"5- mas o feto às 10 semanas pensa por si próprios??? (quando é dado adquirido que o faz apenas a partir dos 7 meses)."

Brilhante, legaliza o aborto até aos 7 meses. Já conheci casos de uns que nasceram pouco depois dos 6 meses de gestação..serezinhos vegetais..hoej andam aí com masi de 1.80m..mas pronto.

"6- mas há alguém que use o aborto como método contraceptivo? mas os movimentos do não também não são contra o uso de contraceptivos e de planeamento familiar e educação sexual?
"

Há, também conheço pessoalmente casos disso. Não, os do não não são contra isso. Por alguma razão tu és a favor do "sim", vejo que é por falta de informação.

"7- será melhor deixar as mulheres entrar de imediato nas urgências com abortos feios com cytotec que as pode levar à morte? pensei que o aborto teria de ser marcado com antecedência..."

Não será melhor evitá-lo e salvar duas vidas? Pensei que era melhor.

"8- nunca vi nenhum pai a ser julgado ao lado das mulheres que fazem abortos (quando são eles maioritariamente que a levam a fazê-lo)."

Abre os olhos.

"9- cada um chama o que quiser. eu chamo-lhe feto... sem capacidade de pensamento, e apenas com as funções vitais (se tanto) desenvolvidas."

Até lhe podes chamar bróculos com batatas cozidas, não altera o que ele realmente é. Se ter cérebro, sistema nervoso, medula, coração, órgãos..não é ter um sistema vital..bom...
Já agora tens que me dizer do que é que a mulher está grávida.

" 10- claro que não, mas as estatísticas mostram que 80% das mulheres fazem abortosaté às 10 semanas."

Onde é que elas estão?


"realmente digo não em todas... mas caramba, não sou suficientemente hipócrita para ditar e julgar o que os outros fazem com as suas vidas, e vir com falsos moralismos!!!"

Hipócrita é dizer que se defende as mulheres quando na verdade só as "despacham" "aborta e não em chateies". Se se preocupassem com as mulehres davam-lhes condições apra terem os filhos, o que seria positivo até a nível nacional.

Conheço casos de abortos por ânimo leve. Sim, são monstros, mas existem. O Homem também faz o filho, se pode tomar conta dele e tem que contribuir para a sua educação e crescimento também tem uma palavra a dar. Nós não defendemos a penalização da mulher, o arrependimento já lhe vai ser mais amargo que qualquer pena de prisão. Defendo, isso sim, a penalização dos chamados "técnicos de saúde" que coemtem o aborto.
Cada um faz aquilo que quer desde que isso não implique com a vida dos outros. O aborto implica. A mãe pode rapar o cabelo, pintar as unhas às bolinhas, ir a concertos, comer sushi, não casar..o que quiser, desde que isso não ponha em causa a vida de OUTRO SER, o seu filho.

Anónimo disse...

caramba vera...

posso ser eu a desinformada, mas lê os vários dossiers dedicados na imprensa e saberás daquilo daquilo que falo... e não parecerás apenas mais uma apologista do não sem conhecimentos...

gosto especialmente da parte final em que dás razão a tudo o que foi escrito.


como foi visto pelo resultado ontem... a maioria dos portugueses (que têm noção de que o seu voto conta, não me refiro ao típico tuga que fala, mas não faz nada) deu o seu voto, e considera que a despenalização deve ocorrer... sim, porque eu li a pergunta... e sei interpretar o que lá está escrito, ao contrário de ti e daqueles que fazem essa bandeira rídicula da pergunta querer a liberalização!!!


como diria o Ricardo Araújo Pereira na sua crónica da Visão (que presumo que não leias já que fazes apenas juízos): "Não conheço nenhuma mulher que faça um aborto de consciência limpa, mas também não conheço atrasadas mentais".

Vera disse...

"posso ser eu a desinformada, mas lê os vários dossiers dedicados na imprensa e saberás daquilo daquilo que falo... e não parecerás apenas mais uma apologista do não sem conhecimentos..."

Estás-te a referir a quê? A jornais e revistas que optam pela campanha pelo "sim" e associam o "não" à igreja de maneira a "despistar" os jovens e dar argumentos à esquerda laica (que curiosamente adopta princípios religiosos)? Essa informação leio eu há anos, e toda a gente que tem acesso aos meios de comunicação.


"gosto especialmente da parte final em que dás razão a tudo o que foi escrito."

Dou razão a quê? Frases completas dão jeito...

"
como foi visto pelo resultado ontem... a maioria dos portugueses (que têm noção de que o seu voto conta, não me refiro ao típico tuga que fala, mas não faz nada) deu o seu voto, e considera que a despenalização deve ocorrer... sim, porque eu li a pergunta... e sei interpretar o que lá está escrito, ao contrário de ti e daqueles que fazem essa bandeira rídicula da pergunta querer a liberalização!!!"

Pois é. tu leste a pergunta. Eu li a pergunta e a lei. Daí agora não estar com a bandeira ridícula de que apenas queriam a despenalização. Basta veres o que já estão a dizer sobre o aconselhamento das mulheres antes de abortar....segundo me pareceu isso nem estava previsto no decreto de lei.

"como diria o Ricardo Araújo Pereira na sua crónica da Visão (que presumo que não leias já que fazes apenas juízos): "Não conheço nenhuma mulher que faça um aborto de consciência limpa, mas também não conheço atrasadas mentais".

Leio a Visão e leio muito mais, daí não ficar limitada ao que a maioria papagueia. Parece que foste mais uma arrastada pelo menino engraçado do gato fedorento... Olha, diz-lhe que ele não conhece "atrasadas mentais" mas conheço eu.
De qualquer maneira, a consciência pesada não altera o acto: um aborto é um aborto, legal ou ilegal, de consciência leve ou pesada.