Foi o primeiro solo Americano a ser descoberto pelos Europeus, mas agora, desde à 47 anos vive subjugado por um regime que impede o povo de espressar que já fez mais de 200.000 mortos por questões politicas. O mais interesante é que este regime dura o mesmo tempo que durou o Estado Novo e, numa contagem, o PCP mostrou que morreram à volta de 50 pessoas durante o EN por razões politicas. Tem piada este partido ser um ferveroso apoiante do regime de Castro. Provavelmente acha 50 pessoas patético!
Não estou aqui para julgar as posições do PCP, estou aqui para demosntrar o meu apoio ao povo de Cuba, para me colocar ao seu lado na luta contra este regime opressor, para dizer Kill Castro!
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De seguida cito uma xuxialista, namorada do Socrates.
socialismo o muerte
Estive em cuba em 1991, em trabalho para a grande reportagem. só me mandaram por 4 dias e não saí de havana e arredores. estava a decorrer o não sei quantos congresso do pc cubano e fui como turista porque não me davam visto como jornalista.
achei havana lindíssima, de uma beleza melancólica e apodrecida. entristeceu-me a miséria do povo, reduzido a pedinte sistemático ante os estrangeiros, as gineteras adolescentes alinhadas, à escolha, à porta das discotecas, e lá dentro aos cachos à volta dos turistas barrigudos, as filas de mulheres e homens de olhos sombrios em fila ao sol, à porta da mercearia, na mira de uma distribuição de frango, os pacotes racionados de feijão preto, o grande armazém empoeirado com vestidos de noiva onde só se entrava com senhas especiais, o homem que me pôs a mão no ombro e me disse, devagar, 'é uma bela ilha, mas não se pode viver aqui. não vê que não temos nada?'.
comoveu-me a senhora de oitenta anos a quem ofereci os três sabonetes lux que tinha levado na mala por me terem dito que o sabão estava racionado e que se agarrou a mim a chorar, sob um retrato de che guevara colado nas paredes descascadas da sala, a desejar-me 'tudo de bom para ti, hija mia', como se lhe tivesse dado a lua.
comoveram-me os intelectuais 'do contra' que falaram comigo numa tarde de domingo, com uma gravidade cansada, da 'situação'. um mês depois um deles, uma poetisa, seria presa, arrastada pelos cabelos escada abaixo.
enfureceu-me a brigada de polícias que prendeu um cubano que jantara comigo na bodeguita del medio, o restaurante 'de hemingway', por ter jantado comigo. era, explicaram-me, um 'subversivo' porque um cubano não podia dar-se com turistas.
espantou-me a cenografia imobilista, romântico-irónica do país, os cartazes enormes de louvor a fidel e à revolução espalhados nas ruas, as belas notas encarnadas com a efígie de che guevara, os automóveis e as motos anos 50 remendados com arames, os slogans decapados pelo humor negro dos cubanos -- socialismo ou muerte? muerte, porque socialismo no lo hay.
escrevi sobre tudo isso um texto, hasta la victoria nunca, publicado em outubro de 1991. choveram cartas e críticas de pessoas que me garantiam que não podia ter visto o que tinha visto. umas nunca tinham ido a cuba. outras tinham lá ido e visto exactamente o contrário. o fenómeno não é de hoje nem específico de cuba.
13 agosto 2006
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2 comentários:
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