08 setembro 2007
06 setembro 2007
sempre pensei que fosse da Gafanha, mas aceita-se...
You Belong in Dublin |
![]() Friendly and down to earth, you want to enjoy Europe without snobbery or pretensions. |
Voz do povo
Olha-me para a cara de lata destes dois, a irem a Roma ter com o Papa e ainda hão-de ter sido eles a matar a filha. Eu de facto nunca vi sofrimento na cara daquela mãe...
By Dona Fernanda
05 setembro 2007
03 setembro 2007
Anteontem fui à capital... (a segunda parte)
...e fui almoçar num jardim junto ao Mosteiro dos Jerónimos, a organização levou uns pães e uns leitões e lá nos safámos. Depois do almoço ainda fomos tomar um café e comer uns pastéis à famosa casa dos "Pastéis de Belém". Por volta das 4 voltamos todos para o autocarro e partimos em direcção ao Rossio. Paramos numa praça com a estátua de D. Pedro IV, em frente ao teatro nacional D. Maria II, pelo menos foi o que me disseram.
Começamos a andar por uma rua fechada ao trânsito e, por isso, cheia de pedintes. Não sei se me acham ricos, mas enquanto ninguém foi importunado, eu mal entrei na rua levei com um gajo a tentar vender-me marijuana e coca, até me mostrou os sacos com o produto, e quando o mandei dar uma volta, ele perguntou-me se queria comprar-lhe uns óculos, que por sinal ele tinha roubado numa loja mesmo em frente de onde nós estávamos. Mesmo quando saí do Teatro Politeama, eram só pedintes a dirigirem-se a mim, enquanto as celebridades passavam e ninguém as abordava. Não sei o que viram em mim, mas sei que vi o impensável: um tipo a "fazer uns sons com uma flauta" apenas com uma mão enquanto a outra segurava um chapéu. Eu como não me sinto culpado pela situação dessas pessoas, normalmente nunca contribuo para elas, e foi o que aconteceu. Há muito trabalho por aí para ser feito, não se pode contribuir para que estas pessoas continuem a vida de pedinchas. Nestes caso lembro-me de um senhor que conheci em Braga, à porta de uma discoteca a vender cachorros, porque tinha dois filhos e a mulher desempregada. O sacrifício que o homem fazia, depois de passar uma semana a obedecer às ordens de um gajo qualquer, perdia as noites de Sexta-feira e de Sábado para poder sustentar a sua família.
No caminho para o teatro ainda encontrei um alfarrabista, com bastantes livros a 1€. Prendi-me lá por mais de 20 minutos, porque me apeteceu comprar uns livros e também para fugir à pressão dos pedintes na rua. Comprei uns livros de poesia e um romance, editado nos anos 40 do século passado. Estou agora a lê-lo. Para já estou a gostar.
Fui então para o teatro, e tive que ficar à espera porque a minha mãe tinha os bilhetes e decidiu ir para o bar do Coliseu dos Recreios, mesmo em frente ao Politeama. Já lá dentro, a primeira coisa que me lembro é de ver a minha irmã a comprar o programa e a fazer fila para levar um autógrafo do Lá Féria. Eu não liguei muito e fui rapidamente para a sala. Ao entrar olhei para as paredes, tão bem ornamentadas, a decoração ao estilo de à 100 anos atrás, que também contava a história de milhares de punhetas que se tinham lá batido, antes do Sr. Filipe comprar aquele espaço.
Quanto à peça, propriamente dita, considero uma exaltação ao nacionalismo austríaco, em detrimento do nacional-socialismo alemão. Mas essas são considerações para outros debates. A "música no coração" é um filme sobejamente conhecido e uma história que dispensa apresentações. Mas a peça que foi montada ultrapassa de longe o dramatismo do filme. O teatro tem destas coisas: Consegue envolver-se bastante com o público, e as vozes ao vivo, mesmo com o auxílio de microfones, aumentam muito mais a tenção. Nunca vi uma audiência a chorar tanto. O problema é mesmo o preço. Enquanto no cinema o preço ronda os 5 €, o bilhete que recebi tinha o preço de 27€, embora não tenha pago tanto. Digamos que a excursão foi organizada para que a malta pudesse pagar pouco para ir à capital ver o Lá Féria.
Começamos a andar por uma rua fechada ao trânsito e, por isso, cheia de pedintes. Não sei se me acham ricos, mas enquanto ninguém foi importunado, eu mal entrei na rua levei com um gajo a tentar vender-me marijuana e coca, até me mostrou os sacos com o produto, e quando o mandei dar uma volta, ele perguntou-me se queria comprar-lhe uns óculos, que por sinal ele tinha roubado numa loja mesmo em frente de onde nós estávamos. Mesmo quando saí do Teatro Politeama, eram só pedintes a dirigirem-se a mim, enquanto as celebridades passavam e ninguém as abordava. Não sei o que viram em mim, mas sei que vi o impensável: um tipo a "fazer uns sons com uma flauta" apenas com uma mão enquanto a outra segurava um chapéu. Eu como não me sinto culpado pela situação dessas pessoas, normalmente nunca contribuo para elas, e foi o que aconteceu. Há muito trabalho por aí para ser feito, não se pode contribuir para que estas pessoas continuem a vida de pedinchas. Nestes caso lembro-me de um senhor que conheci em Braga, à porta de uma discoteca a vender cachorros, porque tinha dois filhos e a mulher desempregada. O sacrifício que o homem fazia, depois de passar uma semana a obedecer às ordens de um gajo qualquer, perdia as noites de Sexta-feira e de Sábado para poder sustentar a sua família.
No caminho para o teatro ainda encontrei um alfarrabista, com bastantes livros a 1€. Prendi-me lá por mais de 20 minutos, porque me apeteceu comprar uns livros e também para fugir à pressão dos pedintes na rua. Comprei uns livros de poesia e um romance, editado nos anos 40 do século passado. Estou agora a lê-lo. Para já estou a gostar.
Fui então para o teatro, e tive que ficar à espera porque a minha mãe tinha os bilhetes e decidiu ir para o bar do Coliseu dos Recreios, mesmo em frente ao Politeama. Já lá dentro, a primeira coisa que me lembro é de ver a minha irmã a comprar o programa e a fazer fila para levar um autógrafo do Lá Féria. Eu não liguei muito e fui rapidamente para a sala. Ao entrar olhei para as paredes, tão bem ornamentadas, a decoração ao estilo de à 100 anos atrás, que também contava a história de milhares de punhetas que se tinham lá batido, antes do Sr. Filipe comprar aquele espaço.
Quanto à peça, propriamente dita, considero uma exaltação ao nacionalismo austríaco, em detrimento do nacional-socialismo alemão. Mas essas são considerações para outros debates. A "música no coração" é um filme sobejamente conhecido e uma história que dispensa apresentações. Mas a peça que foi montada ultrapassa de longe o dramatismo do filme. O teatro tem destas coisas: Consegue envolver-se bastante com o público, e as vozes ao vivo, mesmo com o auxílio de microfones, aumentam muito mais a tenção. Nunca vi uma audiência a chorar tanto. O problema é mesmo o preço. Enquanto no cinema o preço ronda os 5 €, o bilhete que recebi tinha o preço de 27€, embora não tenha pago tanto. Digamos que a excursão foi organizada para que a malta pudesse pagar pouco para ir à capital ver o Lá Féria.
02 setembro 2007
Ontem fui à capital... (parte 1)
Ontem fui à capital de autocarro. Não daqueles da carreira, mas integrado numa excursão do clube do pessoal da EDP-Aveiro. A minha mãe fez tanta força que lá tive que ir. Não estava especialmente interessado no programa do dia, mas acabei por ir, mais porque nunca tinha visto aquilo que fomos ver. Partimos pouco depois das 7 da manha de Aveiro e, pelo caminho, fomos parando em Leiria para comer uma bucha e ainda parámos por causa de um acidente que ocorreu à nossa frente. Acabou por ser só um toquezinho entre dois carros. A verdade é que a A1 ficou interrompida, mesmo com 3 vias de trânsito, foram lá parar ambulância e bombeiros.
Ao chegarmos a Lisboa, a cabeça encostada no vidro observava uma paisagem amarelada cada vez mais ocupada com prédios, um decrépitos, outros novinhos em folha, com as mais variadas
empresas disto e daquilo, à medida que nos aproximávamos do nosso destino. Não gosto deste tipo de cenas, por isso é sempre com algum sacrifício que me dirijo para o sul.
empresas disto e daquilo, à medida que nos aproximávamos do nosso destino. Não gosto deste tipo de cenas, por isso é sempre com algum sacrifício que me dirijo para o sul.
Chegamos ao rio Tejo, para visitar o museu da electricidade, antiga central Tejo, já em Belém, junto ao rio. Do Museu, à parte de termos levado com uma guia (que o meu irmão mais novo até conhecia, portanto não seria de esperar grande coisa) que tinha a mais de carinha laroca o que lhe faltava de conhecimento de como funcionavam as máquinas que transformavam o movimento gerado pelo vapor da central termoeléctrica em electricidade.
O que mais gostei do museu não foi a parte da antiga central, das caldeiras, nem até de se poder passar dentro de uma caldeira que durante muito anos trabalhou a mais de 1100 graus Cº, mas sim a história da electricidade em Portugal, o processo do fornecimento de energia eléctrica às populações e a sua aplicação. Os diagramas da barragem de Castelo do Bode e da central do alto Lindoso.
A produção da hidro-electricidade foi a parte onde mais tempo perdi. Estive um bom bocado a perceber como se distinguiam as barragens, já que existem umas de "fio de água" (tipo as barragens do rio Douro, são apropriadas para terrenos pouco desnivelados e têm uma corrente continua de água), outras chamadas de "turbina-bombagem" (consiste num sistema em que a água passa pela turbina e é bombeada de novo para a albufeira, ou então é bombeada a apartir de uma barragem a jusante, com os exemplos de Aguieira, Alqueva e Rabagão) e ainda as mais conhecidas, as barragens "de Albufeira" (com uma grande capacidade de armazenamento de água, mantém o normal funcionamento dos rios quando a água passa pelas turbinas e segue para jusante. São exemplo destas barragens as do Lindoso, Vilarinho das Furnas e Salamonde). Claro que ainda existem as barragens que apenas servem para o armazenamento de água.
Houve ainda outras coisas que me interessaram, como a história da electricidade e os aparelhos infantis para se perceber como pode ser gerada electricidade estática, ou para se perceber como funcionavam os primeiros aparelhos geradores de electricidade.
No final ainda uma visita à exposição da world press foto, concurso de 2007 juntamente com o concurso de foto jornalismo Visão/BES. Valeu a pena. Depois conto o resto da história.
Lições de Retórica
Uma pergunta estupida mereçe sempre uma resposta estupida.
Chega um indivíduo de raça negra a uma loja de armas e pergunta:
- Spor favor, tens pistola...
- Não, por acaso não temos...
O indivíduo olha para o lado e repara numa vitrine cheia de pistolas.
Nisto pergunta: - Olha, e o springarda tens?
- Não por acaso também não temos...
O rapaz olha para o outro lado e vê uma prateleira cheia de espingardas e questiona o dono da loja..
- Ei, ós camarada, tens arguma coisa contra os preto...???
- Por acaso temos. Pistolas, espingardas...
30 agosto 2007
27 agosto 2007
Fala quem sabe
"Antigamente a homosexualidade era proibida. Depois passou só a ser vergonha (ah, paneleiro e tal...). Depois passou a ser tolerada (coitadinho, é paneleiro, é doente... desde quando levar no cu é uma doença?). Agora é moda e eu vou fugir para outro planeta antes que seja obrigatório!"
By Fernando Rocha
Anda um gajo perdido no "Mais Futebol" e de repente...
Eu como adepto benfiquista, não gosto de nenhum dos dois, e passo a explicar porquê.
O Benfica de Camacho de 2003/2004 era um Benfica sofrível, com muitas deficiências defensivas, que iam sendo disfarçadas pela produção ofensiva (Tiago, M Fernandes e Simão produziam muitos golos). Quem não se lembra da derrota 4-3 em Milão? Ao fim ao cabo, Camacho apenas ganhou uma taça de Portugal, mas é recebido como se fosse o último treinador campeão. Os benfiquistas ainda não aprenderam a não acreditar em salvadores da pátria. O último foi Toni, esse sim anterior treinador campeão, e mesmo assim foi o descalabro que se sabe...Por outro lado, Camacho não é um bom treinador do ponto de vista técnico. Ainda ontem se viu no jogo com o Guimarães que as opções de banco foram completamente falhadas: lançar Luis Filipe a extremo, para quê (FS tinha sido crucificado quando o fez)??? Refrescar o avançado (Cardozo por Bergessio) quando tinha de arriscar tudo para ganhar o jogo??? Guardar Adu no banco quando podia ser a única unidade capaz de criar desiquilíbrios, porquê???
Será que Adu e Di Maria vão ser mais duas apostas jovens "à Benfica"? (vide caso Moreira).
Eu francamente estou farto destas crenças ingénuas da massa adepta do meu clube, e tenho pena que ainda não tenham percebido que o verdadeiro problema não reside no treinador, mas no presidente e na estrutura directiva.
Um presidente que não demitiu FS quando o devia ter feito - no final da época passada, em que os resultados foram miseráveis - acabou por fazê-lo após dois jogos oficiais com uma vitória e um empate. Pelo meio, uma pré-temporada deitada completamente ao lixo, e contratações de reforços em cima do joelho, como tem sido hábito nos últimos 6 anos.
Perante isto, a única atitude digna do LFV seria demitir-se e sair juntamente com FS. Mas o "cavalheiro" não deve saber o que isso significa.
PS: Sócios do SLB, peço-vos que nas próximas eleições sejam inteligentes a escolher o presidente, e deixem de acreditar em vendedores de banha da cobra.
Eu não diria melhor...
26 agosto 2007
Porque Salazar ganhou os "Grandes Portugueses"
Cagando pr'o PPD
Cagando pr'o CDS
Eu caguei pr'o PCP
E também caguei para o PS
Eu caguei pr'o Balsemão
Pr'o Freitas do Amaral
Eu caguei para o Cunhal
E o Bochechas fecha a mão
Vai o maior cagalhão
Que em toda a vida caguei
E também caguei pr'o rei
O senhor Ribeiro Teles
Cago pr'a todos eles
Cagando pr'o PPD
Eu caguei pr'o presidente
Caguei pr'as Forças Armadas
Eu faço as minhas cagadas
Cagando pr'a toda a gente
E quem não estiver contente
Ainda mais me merda merece
Porque eu nunca me esquece
Lá debaixo do sobreiro
Caguei pr'o senhor Saleiro
Cagando pr'o CDS
Eu caguei para o ministro
Cá da nossa agricultura
Cago sempre com fartura
Porque eu no cagar estou bem visto
E ainda correm o risco
D'eu cagar pr'a quem não sei
Cago pr'a quem fez a lei
Que me proibiu de cagar
Mandando o cinto apertar
Eu caguei pr'o PCP
Caguei pr'a democracia
Caguei pr'o socialismo
Caguei pr'o comunismo
E caguei para a monarquia
E mais cagar já não podia
Mesmo que eu cagar quisesse
O muito cagar aquece
As bordas de um cu bendito
Que cagou cozido e frito
E caguei para o PS
Porque eu caguei a bem cagar
Como há muito não cagava
E não pude cagar pr'a mais
Porque a merda não chegava
de: Francisco Domingos Horta - «No paraíso real - Tradição, revolta e utopia no Sul de Portugal»
Podem ouvir a declamação
Cagando pr'o CDS
Eu caguei pr'o PCP
E também caguei para o PS
Eu caguei pr'o Balsemão
Pr'o Freitas do Amaral
Eu caguei para o Cunhal
E o Bochechas fecha a mão
Vai o maior cagalhão
Que em toda a vida caguei
E também caguei pr'o rei
O senhor Ribeiro Teles
Cago pr'a todos eles
Cagando pr'o PPD
Eu caguei pr'o presidente
Caguei pr'as Forças Armadas
Eu faço as minhas cagadas
Cagando pr'a toda a gente
E quem não estiver contente
Ainda mais me merda merece
Porque eu nunca me esquece
Lá debaixo do sobreiro
Caguei pr'o senhor Saleiro
Cagando pr'o CDS
Eu caguei para o ministro
Cá da nossa agricultura
Cago sempre com fartura
Porque eu no cagar estou bem visto
E ainda correm o risco
D'eu cagar pr'a quem não sei
Cago pr'a quem fez a lei
Que me proibiu de cagar
Mandando o cinto apertar
Eu caguei pr'o PCP
Caguei pr'a democracia
Caguei pr'o socialismo
Caguei pr'o comunismo
E caguei para a monarquia
E mais cagar já não podia
Mesmo que eu cagar quisesse
O muito cagar aquece
As bordas de um cu bendito
Que cagou cozido e frito
E caguei para o PS
Porque eu caguei a bem cagar
Como há muito não cagava
E não pude cagar pr'a mais
Porque a merda não chegava
de: Francisco Domingos Horta - «No paraíso real - Tradição, revolta e utopia no Sul de Portugal»
Podem ouvir a declamação
24 agosto 2007
Nem mais um soldado na Gafanha!

Entretanto, o prevaricador, como conhecia alguém da GNR de Vagos, decide chamá-los. O GNR furioso, chama a malta da Gafanha, que mesmo sem competência territorial, aparece de caminho para se juntar à festa.
Rescaldo: tanto o GNR como o condutor prevaricador circulavam com excesso de álcool no sangue; Na segunda de manhã foi tudo parar ao tribunal.
Feitas ao contas, enquanto o prevaricador incorre em duas contra ordenações graves, desrespeito das regras de transito e condução sob o efeito de álcool, o GNR incorre na contra ordenação de condução sob o efeito do álcool, em pelo menos dois crimes de ofensa à integridade física e dois crimes de ameaça, de forma grave, como foram anteriormente descritos. Incorre ainda num processo disciplinar profissional e noutras cominações que possam advir do facto de ser militar, e de ter cometido estes crimes, assumindo-se como tal. Já estou como o Marcelo: Assim Não!
E quem lá fosse?
Mais uma noite no Porão, a beber uns canecos e a tentar resolver uns enigmas, no meio de alguns amigos. Enfim, vivam as férias, que estão para durar...
22 agosto 2007
20 agosto 2007
Em tempo de férias, falemos do paraíso
Através deste documentário podemos observar a realidade ditatorial em Cuba, o regime policial e censório de Fidel Castro, o encarceramento e a execução de opositores políticos, o futuro adiado para gerações de cubanos que tiveram o azar de nascer numa ilha-prisão de onde não podem sair e onde tudo lhes é negado. Cuba será talvez o expoente de um dos mais habituais erros de senso comum sobre o ideário marxista: aquele que considera a igualdade como a normalização da vida colectiva, onde todos vestem camisolas com a mesma cor, a mesma gola e a mesma tristeza. Essa é uma concepção totalitária da sociedade que nega a individualidade dos sujeitos sociais, aquilo que nos torna humanos.
Pelo meio, este documentário aborda os dois dogmas do regime: a educação e a saúde. Têm sido eles, no último meio século, a sustentar as teorias de compensação sobre Cuba e a generalidade dos regimes comunistas, menos a Coreia do Norte que também tem saúde e educação mas é mais ditadura do que as outras ditaduras com os mesmos pressupostos (tal como a RDA era «menos» ditadura do que a URSS). Em ideologias ditatoriais, as simbologias são tudo. Mas dizem os apoiantes de Cuba que a ditadura é o reverso dessas duas aquisições da «revolução». A ideia é fascinante, porque qualquer condenado numa prisão tem direito a saúde -- e, assim o queira, educação. Não deixa de ser uma bela metáfora.
Mas podemos perguntar que educação existe num regime opressivo, asfixiante, policial? Que livros são lidos? Que liberdade intelectual existe? O que pode ser ali discutido, escrito, debatido? É chocante, logo no começo do documentário, ver aquelas crianças arregimentadas pelo regime a papaguearem os «princípios da revolução» como se fossem os rios da Península Ibérica e a lerem livros de «história» onde Fidel é apresentado como «líder indiscutível». E aquelas crianças, aos seis, sete ou oito anos de idade, não sabem ainda que mais tarde terão provavelmente de deitar-se com alguns turistas para conseguirem um prato de comida na ilha que lhes foi imposta. Trágico.
Quanto à saúde, qualquer país europeu com um modelo inclusivo de Estado-providência sempre conseguiu melhores condições para os seus cidadãos sem recurso à pobreza e à ignomínia repressiva. De resto, pelo que se vê, os cubanos parecem preferir arriscar ser mortos por tubarões a caminho da Florida do que ficar com vacinas gratuitas em Cuba. Lanço por isso um repto: os comunistas que ainda restam nos outros países do mundo, a começar por Portugal, não aceitariam trocar de lugar com eles? Isso sim, seria coerência revolucionária.
Pesadelo em dia de aniversário
Depois do meu retiro, juntamente com mais uma dezena de Pioneiros de Schoenstatt e o Padre José Melo, em Carregal de Manhouce (não era bem Cercal), jurei que das primeiras coisas que faria quando chegasse a casa seria ouvir a "4 Estações" de Vivaldi. Na verdade, depois de me ter actualizado após uma semana em que não contactei com o mundo exterior (só hoje soube que o Beira-Mar tinha ganho ao Boavista, por exemplo), apenas há poucos minutos tive a oportunidade de apreciar essa obra-prima. Mas quando comecei a ouvir passei logo para a última parte do "Verão", aquela mais conhecida. Todo o meu interesse estava nessa parte. Quanto a mim foi a causa do pesadelo em dia de aniversário. Pois é, completei 20 Verões no último dia 15. Mas o dia começou muito mal, pessimamente. Quando me deitei, perto das 23:30 do dia 14, começou a pingar e eu refugiei-me na minha tenda. Cedo adormeci. O que mais me lembro é de ter acordado pouco depois das 4:30 da manha (bem perto da hora em que nasci) completamente em pânico. Confesso até que demorei quase uma hora a adormecer, enquanto a chuva lá continuava, impiedosa, batendo na parte de fora da tenda.
O início não era nada de anormal. Afinal de contas estar envolvido numa campanha em prol de uma menina de Estarreja que precisava de um transplante de "rojões" (nome que o meu subconsciente encontrou para os rins) não era nada de mais. Quando finalmente as coisas parecem estar resolvidas vou ver um jogo ao Estádio Municipal de Aveiro (pelo menos parecia-me do lado de fora), no entanto a cidade por onde se desenrolou o meu pesadelo não viria a ser nenhuma de que me recordasse. Não me lembro quem jogou, mas deveria ser um grande jogo, já que a enchente do estádio obrigou muita gente a ir estacionar o carro para lá da A25. Do que me lembro é que quando ia a passar a rotunda chegaram algumas carrinhas com uns rapazes vestidos de branco, quase ao estilo de Laranja Mecânica, que deixou toda a gente em pânico. Em não sei se na altura fiquei fascinado, se incrédulo, mas as pessoas fugiam deste rapazes que para além de estarem vestidos de branco até pareciam boas pessoas. Lembro-me que agarraram uma dúzia de pessoas e de repente saiu um rapaz de cabelo encaracolado e claro, com cerca de 20 anos, que começou a beijar essas pessoas na têmpora, ordenando que elas se libertassem e se fundissem com a multidão em fuga. O pior foi mesmo quando vi as pessoas beijadas saltarem de um viaduto para o meio da Auto-Estrada. Aí comecei a correr (sabe-se lá como) com o resto da multidão em, fuga, enquanto o grupo vestido de branco caçava os condutores dos carros parados em tentativa de fuga.
Depois só me lembro de me encontrar numa cidade completamente desconhecida e descia uma rua de bicicleta. Cheguei a uma certo ponto em que poisei a bicicleta e comecei a andar de um lado para o outro. O meu subconsciente não me fez uma analepse para que eu pudesse saber o que se tinha passado entretanto. Acabei mesmo por encontrar dois rapazes vestidos de branco e deles não me tentarem agarrar nem de eu tentar fugir. Quando o meu subconsciente finalmente olhou para mim, notei que também eu estava vestido de branco. Em seguida perguntei aqueles soldados porque estava eu vestido daquela maneira. Ao que responderam "Foste libertado pelo beijo de Daniela. De hoje em diante, como sinal da tua gratidão, prepararás pessoas para que Daniela os possa escolher." "O que é Daniela?", continuei eu. "Quem te beijou a têmpora e te libertou do mundo em que vivias. Só aos corações puros é permitida essa libertação. Parabéns, porque és um coração puro, senão hoje não estarias diante de nós", responderam algo compreensivos. "Mas Daniela não era um rapaz?", repliquei mais uma vez. "Daniela é Deus, que cansado de esperar pelo fim do mundo, beija as pessoas na têmpora e, ou as conduz à morte através da loucura da sua mente, ou as conduz ao paraíso devido à pureza dos seus corações." "Então porque matar pessoas em vez de zelar pela pureza dos seus corações?" perguntei eu algo desesperado. "DANIELA!", gritaram os dois em uníssono. Ao olhar de repente para uma esquina vi surgir, como se lá sempre tivesse estado, Daniela, que se juntou a nós os três e começou a falar: "Dei muitas oportunidades às pessoas para viverem com um coração puro, mas elas preferiram fugir de mim, me vez de intentarem esse feito. Talvez os primeiros que beijei tenham sido de alguma forma inocentes, mas as pessoas continuaram a fugir, sem perceberem que a única escapatória possível para eles é virem ter comigo, de mãos limpas. Não me resta outra opção." E desapareceu enquanto 3 raparigas surgiram vidas do céu, também elas completamente vestidas de branco. Uma de cada vez lá deram um beijo na minha têmpora direita e as 3 ao mesmo tempo caíram em cima de mim. Quando dei por mim no chão estava numa linha de comboio de alta velocidade, com uma locomotiva apenas a alguns metros de mim.
Foi neste momento que acordei.
Na manha do dia 15 fiz uma retrospectiva e lembrei-me que os primeiros pingos de chuva dessa noite me tinham feito lembrar do "Verão" do Vivaldi. E tinha sido a musica que eu tinha ouvido quando o fascínio me tinha invadido, no momento em que conheci o Daniela. Talvez o sonho revele alguma presunção da minha parte, afinal de contas era o meu dia de anos. Talvez quando sonho em ser mártir, sejam pesadelos que eu tenho acordado e que em vez de pânico sinto mágoa e por vezes vontade de chorar. Quando aos "Rojões" e ao "Daniela" eu ainda estou à espera que a vida me indique o porque destes sinas divinos. Olhem ainda outra coisa: talvez Deus seja o único a reconhecer verdadeiramente um coração puro, mas basta que ele envie 3 mulheres de coração puro para acabar comigo. Em verdade, meus amigos, basta apenas uma "Daniela"...
Foi neste momento que acordei.
Na manha do dia 15 fiz uma retrospectiva e lembrei-me que os primeiros pingos de chuva dessa noite me tinham feito lembrar do "Verão" do Vivaldi. E tinha sido a musica que eu tinha ouvido quando o fascínio me tinha invadido, no momento em que conheci o Daniela. Talvez o sonho revele alguma presunção da minha parte, afinal de contas era o meu dia de anos. Talvez quando sonho em ser mártir, sejam pesadelos que eu tenho acordado e que em vez de pânico sinto mágoa e por vezes vontade de chorar. Quando aos "Rojões" e ao "Daniela" eu ainda estou à espera que a vida me indique o porque destes sinas divinos. Olhem ainda outra coisa: talvez Deus seja o único a reconhecer verdadeiramente um coração puro, mas basta que ele envie 3 mulheres de coração puro para acabar comigo. Em verdade, meus amigos, basta apenas uma "Daniela"...
11 agosto 2007
10 agosto 2007
Umas contas interessantes
Uma Sociedade Comercial paga em números redondos, 30% de IRS + 30% de IRC + 11% de Seg Social + 23% de Taxa Social Única + 20% de IVA. Contas feitas 114% de impostos que uma empresa paga. Porventura de eles não fugissem ao impostos, não haveria quem quisesse ser empresário. Into tudo para dizer que é imperativo a baixa dos impostos, em todos as suas vertentes para acabar com o sufoco que vive a nossa economia.
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