Ontem fui à capital de autocarro. Não daqueles da carreira, mas integrado numa excursão do clube do pessoal da EDP-Aveiro. A minha mãe fez tanta força que lá tive que ir. Não estava especialmente interessado no programa do dia, mas acabei por ir, mais porque nunca tinha visto aquilo que fomos ver. Partimos pouco depois das 7 da manha de Aveiro e, pelo caminho, fomos parando em Leiria para comer uma bucha e ainda parámos por causa de um acidente que ocorreu à nossa frente. Acabou por ser só um toquezinho entre dois carros. A verdade é que a A1 ficou interrompida, mesmo com 3 vias de trânsito, foram lá parar ambulância e bombeiros.
Ao chegarmos a Lisboa, a cabeça encostada no vidro observava uma paisagem amarelada cada vez mais ocupada com prédios, um decrépitos, outros novinhos em folha, com as mais variadas
empresas disto e daquilo, à medida que nos aproximávamos do nosso destino. Não gosto deste tipo de cenas, por isso é sempre com algum sacrifício que me dirijo para o sul.
empresas disto e daquilo, à medida que nos aproximávamos do nosso destino. Não gosto deste tipo de cenas, por isso é sempre com algum sacrifício que me dirijo para o sul.
Chegamos ao rio Tejo, para visitar o museu da electricidade, antiga central Tejo, já em Belém, junto ao rio. Do Museu, à parte de termos levado com uma guia (que o meu irmão mais novo até conhecia, portanto não seria de esperar grande coisa) que tinha a mais de carinha laroca o que lhe faltava de conhecimento de como funcionavam as máquinas que transformavam o movimento gerado pelo vapor da central termoeléctrica em electricidade.
O que mais gostei do museu não foi a parte da antiga central, das caldeiras, nem até de se poder passar dentro de uma caldeira que durante muito anos trabalhou a mais de 1100 graus Cº, mas sim a história da electricidade em Portugal, o processo do fornecimento de energia eléctrica às populações e a sua aplicação. Os diagramas da barragem de Castelo do Bode e da central do alto Lindoso.
A produção da hidro-electricidade foi a parte onde mais tempo perdi. Estive um bom bocado a perceber como se distinguiam as barragens, já que existem umas de "fio de água" (tipo as barragens do rio Douro, são apropriadas para terrenos pouco desnivelados e têm uma corrente continua de água), outras chamadas de "turbina-bombagem" (consiste num sistema em que a água passa pela turbina e é bombeada de novo para a albufeira, ou então é bombeada a apartir de uma barragem a jusante, com os exemplos de Aguieira, Alqueva e Rabagão) e ainda as mais conhecidas, as barragens "de Albufeira" (com uma grande capacidade de armazenamento de água, mantém o normal funcionamento dos rios quando a água passa pelas turbinas e segue para jusante. São exemplo destas barragens as do Lindoso, Vilarinho das Furnas e Salamonde). Claro que ainda existem as barragens que apenas servem para o armazenamento de água.
Houve ainda outras coisas que me interessaram, como a história da electricidade e os aparelhos infantis para se perceber como pode ser gerada electricidade estática, ou para se perceber como funcionavam os primeiros aparelhos geradores de electricidade.
No final ainda uma visita à exposição da world press foto, concurso de 2007 juntamente com o concurso de foto jornalismo Visão/BES. Valeu a pena. Depois conto o resto da história.
1 comentário:
Quero ir ver a World Press Photo também!!!
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