Por mais que tudo diga
Nunca me deu para fazer nada.
Nem o sol que tapa a madrugada
Consegue cobrir a escuridão do mundo.
Nunca soube ser seguro
Coerente ou compreensivo, talvez,
Porque o mundo me obriga
(eu não quero)
A crescer de repente, assim, d’ uma só vez.
Soneguei a minha infância.
Quis subir e ser senhor.
Perdi a calma, quase tudo,
Inclusive o amor.
Infantil como a alma
Que só ama
E nada pede em troca.
Ao invés, nós queremos dinheiro
Roupas, pitas, descanso e prazer.
Eu queria brincar,
Correr sem parar.
Amar e ser amado
Como um menino mimado.
Infelizmente cresci
Com os sabor do mundo na boca.
Soltei gemidos, ninguém escutou.
Brinquei. O mundo parou,
Reprovou e condenou.
Ficou o menino assustado
Por não poder brincar,
Nem sequer um bocado…
Talvez a vida seja presente.
Já não posso brincar,
Como no passado.
Não posso sonhar,
Só ter o futuro estudado.
Premiou talvez os marrões,
Os berços ou quem roubou!
Não contemplou quem pensou,
Quem sonhou e obedeceu
À sociedade interior
Porque a vida é mais que
O estudo, o prestigio,
O dinheiro ou o prazer
É amar a Deus a cada momento,
Como se estivesse a nascer
Para um velho sentimento
Amor.
09 setembro 2007
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