Na segunda-feira li Sarsfield Cabral no Público. Não posso esconder que ele é, para mim, um jornalista (ou lá o que ele é faz) de referência, até porque cresci a ouvir a RR.
Mas o que interessa para esta discussão é a analise que ele faz das manifestações do último fim-de-semana na Alemanha. Na verdade, deverá ser uma preocupação de todos, e não só dessa escumalha, o facto do poder económico se sobrepor ao poder politico, retirando ao poder efectivo a pouca legitimidade democrática que ainda podia ter. É um bocado paradoxal eu estar preocupado com este facto, até porque não me tenho por nada democrático, mas se democracias há só uma, ditaduras há muitas. E como eu acho que não existe nenhuma democracia real no mundo, tenho para mim que a minha ditadura é melhor do que aquelas que vigoram hoje em dia no mundo ocidental. Já Churchill afirmava que a democracia é o menos mau dos regimes políticos, mas visto que esta é difícil de implementar, estava ele, certamente, a falar da ditadura dos democratas.
A ditadura do capital é hoje uma realidade em todos os países ocidentais. Os “frutos da globalização”, de que Cabral falou, reduziram bastante a pobreza na Ásia, à custa de uma substituição do poder. Assim o capital daqueles países foi substituído pelo capital estrangeiro, no exercício do poder político. Também a comparação do atraso que ainda subsiste em África com o aparente crescimento asiático é referida. Na verdade, ninguém se esqueceu deles, todos nós queremos o seu crescimento económico, para que possam consumir cada vez mais os nossos produtos. Mas ninguém implanta fábricas em países que não tenham os seus trabalhadores formados. África parece ser o parente pobre da globalização. Os países desistiram da formação profissional das suas população, porque que adquire um mínimo de formação, ou vem para a Europa estudar ou passa a vida a tentar fugir daqueles países.
Mas o mais importante que retive daquele discurso foi o apelo que ele faz aos manifestantes para deixarem de se manifestar contra a globalização, porque é um processo irreversível. Ora bem, podemos analisar estas posições de diversos ângulos. Manifestar-se contra a globalização é, no mínimo, ser-se conservador. São sempre os conservadores que se opõem à mudança, e neste ponto, ao contrário daqueles tontinho, tenho alguma consideração por ser conservador. Tendo em conta que já deve ter havido gente daquela que tenha pensado nisto, a única solução seria apontar um caminho alternativo. Que caminho será esse então? Francisco Louça dá o mote: Foi há oito anos atrás que, entre muitos símbolos válidos, escolhemos o nosso – a estrela. A estrela que aponta em todas as direcções, por todos os povos, todas as culturas. A estrela que, segundo os nossos ideais Europeístas e Internacionalistas, acabará com todas as barreiras e todas as fronteiras. Ser mais global que isto é quase impossível. Não sabendo, estes tontinhos são os maiores apoiantes do processo globalizacional do grande capital. Com o fim das fronteiras, dos povos, das culturas, tudo se resumirá a um único povo, a uma única cultura, a um único capital que controlará verdadeiramente o mundo. Não nos esqueçamos que uma única cultura, um único pensamento conduzirão a um consumo uniforme, pelas modas, direccionada aos promotores da globalização.
Pode ser um processo irreversível, mas quando todos estiverem arrependidos das suas acções e se verificar o estado em que está o mundo, gostava que ninguém me apontasse o dedo, dizendo que nada fiz para alterar a situação, quando na verdade, apenas o nacionalismo combate este processo!
Mas o que interessa para esta discussão é a analise que ele faz das manifestações do último fim-de-semana na Alemanha. Na verdade, deverá ser uma preocupação de todos, e não só dessa escumalha, o facto do poder económico se sobrepor ao poder politico, retirando ao poder efectivo a pouca legitimidade democrática que ainda podia ter. É um bocado paradoxal eu estar preocupado com este facto, até porque não me tenho por nada democrático, mas se democracias há só uma, ditaduras há muitas. E como eu acho que não existe nenhuma democracia real no mundo, tenho para mim que a minha ditadura é melhor do que aquelas que vigoram hoje em dia no mundo ocidental. Já Churchill afirmava que a democracia é o menos mau dos regimes políticos, mas visto que esta é difícil de implementar, estava ele, certamente, a falar da ditadura dos democratas.
A ditadura do capital é hoje uma realidade em todos os países ocidentais. Os “frutos da globalização”, de que Cabral falou, reduziram bastante a pobreza na Ásia, à custa de uma substituição do poder. Assim o capital daqueles países foi substituído pelo capital estrangeiro, no exercício do poder político. Também a comparação do atraso que ainda subsiste em África com o aparente crescimento asiático é referida. Na verdade, ninguém se esqueceu deles, todos nós queremos o seu crescimento económico, para que possam consumir cada vez mais os nossos produtos. Mas ninguém implanta fábricas em países que não tenham os seus trabalhadores formados. África parece ser o parente pobre da globalização. Os países desistiram da formação profissional das suas população, porque que adquire um mínimo de formação, ou vem para a Europa estudar ou passa a vida a tentar fugir daqueles países.
Mas o mais importante que retive daquele discurso foi o apelo que ele faz aos manifestantes para deixarem de se manifestar contra a globalização, porque é um processo irreversível. Ora bem, podemos analisar estas posições de diversos ângulos. Manifestar-se contra a globalização é, no mínimo, ser-se conservador. São sempre os conservadores que se opõem à mudança, e neste ponto, ao contrário daqueles tontinho, tenho alguma consideração por ser conservador. Tendo em conta que já deve ter havido gente daquela que tenha pensado nisto, a única solução seria apontar um caminho alternativo. Que caminho será esse então? Francisco Louça dá o mote: Foi há oito anos atrás que, entre muitos símbolos válidos, escolhemos o nosso – a estrela. A estrela que aponta em todas as direcções, por todos os povos, todas as culturas. A estrela que, segundo os nossos ideais Europeístas e Internacionalistas, acabará com todas as barreiras e todas as fronteiras. Ser mais global que isto é quase impossível. Não sabendo, estes tontinhos são os maiores apoiantes do processo globalizacional do grande capital. Com o fim das fronteiras, dos povos, das culturas, tudo se resumirá a um único povo, a uma única cultura, a um único capital que controlará verdadeiramente o mundo. Não nos esqueçamos que uma única cultura, um único pensamento conduzirão a um consumo uniforme, pelas modas, direccionada aos promotores da globalização.
Pode ser um processo irreversível, mas quando todos estiverem arrependidos das suas acções e se verificar o estado em que está o mundo, gostava que ninguém me apontasse o dedo, dizendo que nada fiz para alterar a situação, quando na verdade, apenas o nacionalismo combate este processo!
1 comentário:
pensas que o nacionalismo e a solucao? defina nacionalismo...
nao achas perigoso??
muito ganha-se no contato intercultural, logico sem perdermos nossas identidades...radicalismos nao combinam com globalizacao.
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