24 julho 2006

Faça-se Justiça

Moliceiro candidato a Património da Humanidade

No dia que ficou marcado pela realização de um debate da Academia Aberta de Turismo sobre a Região de Turismo da Rota da Luz e ainda pela tradicional regata de moliceiros, assistiu-se também à assinatura de um protocolo que pode vir a mudar a forma como o património lagunar da Ria de Aveiro tem vindo a ser tratado. O documento, assinado ontem ao fim do dia, junta o empreendorismo e o saber-fazer da Região de Turismo da Rota da Luz com o empenhamento e dinâmica da Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro, tendo como grande objectivo ser desenvolvida uma nova estratégia de defesa e promoção da Ria de Aveiro e todo o legado cultural a ela associado. Desde ontem que estas duas entidades estão «oficialmente» comprometidas a trabalharem em conjunto todas as questões identitárias da Ria, concretamente através da troca de conhecimentos e de experiências e também do trabalho em conjunto, maximizando o que cada uma pode «dar».De todos os projectos que este protocolo pode vir a desencadear, sem dúvida que o de maior relevância se prende com a pretensão da Associação dos Amigos da Ria candidatar o barco moliceiro a Património Imaterial da Humanidade. Uma classificação que é atribuída pela UNESCO e que obedece a critérios de grande rigor e exigência, como é exemplo o próprio processo de candidatura.

Apoio logístico e financeiro
De acordo com Pedro Silva, presidente da Região de Turismo da Rota da Luz, «o processo de candidatura é muito moroso e obedece a procedimentos rigorosos, mas só o facto de nos candidatarmos já traz a Aveiro e, em especial, ao barco moliceiro grandes vantagens, uma vez que passa a figurar nas listas, mapas e roteiros do património que é passível de ser classificado pela UNESCO», explicou ao Diário de Aveiro. Ao abrigo do protocolo ontem assinado, ao longo dos anos em que o processo de candidatura estiver a ser preparado, a Rota da Luz compromete-se a dar apoio logístico, a envolver os vários agentes locais de forma a fortalecerem este projecto, mas também a dar apoio financeiro. Até ao final deste ano, e de acordo com o presidente, deverá encaminhar para este projecto cerca de 10.000 euros, para o planeamento da acção. Seguir-se-á a realização dos cadernos de encargos, cadernos de concurso e programas de acção, entre outros procedimentos, o que vai implicar a cedência de verbas mais significativas e ainda por definir.

1 comentário:

Anónimo disse...

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