28 novembro 2006

Intrudução à xtupidezah: o Pitez!

Traçar as origens da língua portuguesa implica ter em conta um grande número de variedades de natureza geográfica, social, etária, profissional e situacional. Isto dá-se devido às enormes mudanças que a língua portuguesa sofreu com as mais diversas invasões e conquistas da Península Ibérica. Assim o Português foi formado pela junção de um elevado conjunto de línguas trazidas por outros povos.

Depois de Portugal formado começou-se a formar a língua que actualmente falamos, ao longo desse tempo entraram para o nosso vocabulário estrangeirismos, isto é, expressões ou palavras de origem estrangeira. Apesar das várias variantes significativas existentes na nossa língua, os chamados regionalismos, a Língua Portuguesa é falada em todo o país da mesma forma e com o mesmo vocabulário.

Mas isto é passado agora infelizmente chegou um novo modo linguístico: O pitez, esta linguagem que assassina completamente a Língua Portuguesa bem como toda a nossa história linguística. Linguagem esta que consiste na utilização compulsiva dos x, k, y, bem como abreviações excessivas e incorrectas do ponto de vista estenográfico e linguístico.

Sempre que se meterem com uma menina de 15 anos, até porque são porreiras e não conhecem coisas como amor, que só nos chateiam, recorram a este site, para saber o que elas querem dizer. É isso mesmo, um tradutor de pitez. Ouvi dizer que já corria um abaixo assinado para a ONU declarar o pitez como dialecto oficial de Portugal. Diz assim no cabeçalho:

Xenhor Prexidnteh dah ONUH. Vinhamus pr ext meiuh pdir prah tuh, kés 1 kiduh, fufinhuh, dclararex o pitez dialectuh ofixial em ptg. Xei k n goxtax de nox, ms ómenux fas lá ext fhavoreh! bjs fofitux, sp kidah!

Com uma lingua destas, quem precisa de português?

Mundo contemporâneo (II)


Nunca é tarde demais para reler estas palavras. Provavelmente nunca fizeram tanto sentido!

Conversas de intrevalo

Num intervalo onde fiquei na sala a acabar um texto de opinião, detive-me à conversa com duas colegas minhas:

C1: Pá, estou mesmo com vontade de ter aulas na sexta, estamos tão atrasados na matéria...
Eu: Aulas? na sexta celebramos a nossa indepêndencia!
C2: Eu vou celebrar na cama, até ao meio dia!
C1: Achas que eu me periocupo com a nossa independencia?

Enfim, entendi que não havia mais para dizer, a não ser o que vou dizer agora. Realmente não admira que pessoas que não têm a minima consideração pela vida intrauterina, deêm alguma importância à nossa independencia. Estamos perante uma juventude perdida...

Mundo Contemporâneo

Imaginem um país mal visto internacionalmente, com uma população radical e que ainda por cima não quer ser visitado por um dos seus maiores defensores. Uma das pessoas mais em conta no mundo...

Não é preciso imaginarem. Liguem as televisões, rádios, jornais, sites de notícias nos próximos dias.

Agora eu pergunto: como é que um país que haje desta maneira tem a lata de dizer que quer entrar para a União Europeia? Mas pior são os "europeus" que apoiam a sua entrada!

Se a estupideza pagasse imposto, a sede do FMI era em Istambul...

27 novembro 2006

Memórias Desportivas (III)


7 anos atrás...
Sem comentários

Vai-vem prisional...


Este acampamento tem uma média de duas acções deste género por ano. São sempre os mesmos presos. Ainda à uns dias fui ver um julgamento de uns ciganos por tráfico de droga em que um dos advogados mais caros de Aveiro apelava ao facto de um dos arguidos ser pobre e ser apenas um alcoólico que presisava de ajuda. Resta é saber se ele lá estava a fazer um acto de solidariedade... Até lá estava mais um advogado do escritório dele para o ajudar!

Servo de Maria, Nunca Perecerá!

Adeus Tino!

25 novembro 2006

25 de Novembro - Fim do PREC

Para pôr fim à situação de impasse entre sectores militares opostos (de um lado a esquerda radical que procura apoio em Otelo, de outro os militares simpatizantes do PCP e de Vasco Gonçalves, ainda de outro os militares alinhados com o "Grupo dos Nove") seria necessário que algum dos grupos avançasse. Os moderados tomam a iniciativa anunciando a remoção de Otelo da posição de comandante da Região Militar de Lisboa, e dando a entender que o COPCON seria eventualmente dissolvido. A 25 de Novembro de 1975 sectores da esquerda radical (essencialmente pára-quedistas e polícia militar na R.M.L.), provocados pelas notícias, levam a cabo uma tentativa de golpe de estado, que no entanto não tem nenhuma liderança clara. O Grupo dos Nove reage pondo em prática um plano militar de resposta, liderado por António Ramalho Eanes. O plano previa, numa situação limite, a instalação de um governo alternativo no Porto e a hipótese de uma guerra civil (que poderia acabar por envolver interferência estrangeira).

Mais na wikipédia.

(julgo ser um artigo dos mais isentos e narrativo da situação que se viveu 31 anos atrás)

(comentário à imagem: claramente a malta da wikipédia nunca leu os nossos livros de história, imparcialidade?... até dá vontade de rir...)

23 novembro 2006

Este governo e o ensino superior



Metade das universidades sem dinheiro para pagar salários em 2007

Mais uma razaõ para demonstrar o desprezo que tem o ensino superior para esta administração. Não é um acaso o Ministério de chamar da "Ciencia" e do Ensino Superior, pois é, as perioridades vêm sempre ao de cima através das pequenas coisas...

22 novembro 2006

Conversas de paragem de autocarro

- É o único país do mundo onde isto acontece...
- O quê?
- Pá, tanto dinheiro que recebemos da Europa e continuamos na mesma.
- Os nosso governos desperdiçam muito dinheiro...
- Estes governos desdo 25 de abril. Tanto ouro que o Salazart nos deixou e eles agora esbanjam tudo, qualuqer dia não temos nada. E depois ainda dizem que são grandes homens... Aquele Mário Soares, toda a gente diz bem dele mas quando ele morrer, aí vão dizer mal, mas aí já será tarde de mais, o mal já foi feito...

E mantive-me calado, enquanto uma senhora que também lá estava parecia concordar com tudo!

20 novembro 2006

Memórias Desportivas (II)

Saudades dos tempos em que os jogos eram todos à mesma hora.


(planeamento da época futebolística 83/84)

Ezra Pound - Com Usura (canto XLV)

Com usura homem algum terá casa de boa pedra
cada bloco talhado em polidez
e bem ajustado
para que o esboço envolva as suas faces.
Com usura
homem algum terá o paraíso pintado na parede da sua igreja
harpes et luz
ou onde a virgem receba a mensagem
e um halo projecta-se do inciso.
Com usura
homem algum vê Gonzaga, seus herdeiros e concubinas;
pintura alguma é feita para ficar
nem para com ela conviver.
Só é feita a fim de vender
e vender depressa.
Com usura, pecado contra a natureza,
sempre teu pão será de rançosas côdeas
sempre teu pão será de papel seco
sem trigo da montanha, sem farinha forte.
Com usura uma linha cresce turva.
Com usura não há clara demarcação
e homem algum encontra a sua casa.
O talhador não talha a sua pedra
o tecelão não vê o seu tear.
COM USURA
não vai a lã até à feira
.O carneiro não dá ganho com usura.
A usura é uma peste. A usura
engrossa a agulha lá nas mãos da moça.
E só pára a perícia de quem fia. Pietro Lombardo
não veio via usura;
Duccio não veio via usura
nem Pier della Francesca; Zuan Pellini não veio pela usura
nem foi pintada "La Calunnia" assim.
Angelico não veio via usura; nem veio Ambrogio Praedis.
Não veio igreja alguma de pedra talhada
com a incisão: Adamo me fecit.
Nem via usura St. Trophime.
Nem via usura Saint Hilaire.
usura oxida o cinzel.
Ela enferruja o ofício e o artesão.
Ela corrói o fio no tear.
Ninguém aprende a tecer ouro em seu modelo;
o azul é necrosado pela usura;
não se borda o carmesim.
A esmeralda não acha o seu Memling
A usura mata o filho nas entranhas
Impede o jovem de fazer a corte
Levou paralisia ao leito, deita-se
entre a jovem noiva e o seu noivo
CONTRA NATURAM
Trouxeram meretrizes para Elêusis
Cadáveres dispostos no banquete
às ordens da usura.


Ezra Pound (1885-1972)

19 novembro 2006

Transforma a revolta em estilo


(O mau estilo vai ser públicado brevemente: estejam atentos!)
Agradeçam ao meu alinhamento com os desalinhados

14 novembro 2006

Não existe direita nem esquerda, existem "termos" para nos controlar...

Recentemente, noticiaram os órgãos de comunicação social que os lucros dos bancos tinham aumentado 30%. O Manuel Abrantes foi ao seu baú e retirou de lá este acontecimento, leiam:

UMA PEQUENA HISTÓRIA PARA CONTAR

Há pouco tempo um amigo contou-me uma história passada no Estado Novo.O banqueiro Pinto de Magalhães, em nome de toda a banca nacional, pediu uma audiência ao presidente do Conselho de Ministros, Professor, Doutor António de Oliveira Salazar, com o intuito de pedir que o Governo desse mais abertura para aumentar os lucros da banca.
A resposta de Salazar foi: - Os senhores já são tão ricos e ainda querem sê-lo mais ?
E a audiência terminou logo por ali…

Outros tempos... Outras vontades... Outros homens...

Tal frase bem que podia ser de uma Álvaro Cunhal ou Mários Soares, mas eles certamente que fariam tudo para que os lucros dessas ditas empresas crescessem ainda mais.

Sem mais comentários

Memórias Desportivas (1)


Jogo entre o Grupo Desportivo da Gafanha e o Sport Lisboa e Nelas, No Complexo desportivo da Gafanha da Nazaré, em Fevereiro de 2005. A Liga dos Últimos fez uma reportagem curiosa, hilariante nalguns pontos. Foi um acaso eles terem aparecido. Lembro-me que estava a comprar bilhetes quando eles apareceram, porque tinham planeado ir ao jogo do FIDEC, mas este tinha sido adiado.

Qualquer dia continuamos com mais memórias desportivas. Até lá, mais um bocadinho de politica...

13 novembro 2006

Flipsyde - Happy Birthday


Não gosto deste tipo de musica, mas a letra demonstra que a melhor solução é a vida. Parabens ao autor que reconheceu o erro de ter apoiado um aborto de um filho seu. E não tem medo de chamar homicidio ao aborto.

Espero que este testemunho tenha demovido muitas pessoas de abortarem, independentemente da nacionalidade ou condições.

Cuba tem uma democracia superior à ocidental

(clicar para ler o artigo)
Entrevista dada ao Público (12/11/2006 - pág. 17) por um representante da PC mexicano, em Lisboa, para o congresso internacional comunista. Blaco Cabrera é o seu nome e é visto como uma promessa no seio do movimento marxista-leninista-abortista.

Às vezes para para pensar: e se fosse eu a dizer aquelas palavras, mas invertidas, se dissesse, por exemplo: "No Estado Novo existia uma democracia muito superior à actual". Nem perco tempo a pensar nas reacções, fosse onde fosse, num jornal ou numa conversa de amigos....

Leiam e vejam a coerencia dos nossos amigos comunistas. Só mesmo quem despreza a vida humana pode ter afirmações destas.

11 novembro 2006

Ser de Esquerda

Em Mais uma passagem pelo Sexo dos Anjos, descobri esta pérola. Sem mais comentários... aqui está ela!

É curioso porque à dias, lá na Universidade, estavam uns alegados membros da Juventude Comunista a distribuir uns flyers sobre a JC da República Checa. Lá andavam eles de pelovér, camisinha, calças de bombazine e sapatinhos de vela ou sapatilhinhas da moda, tudo de altas marcas. E depois lá andava o feio, porco e mau nacionalista com umas Nikes rotas, jeans também rotas e sweat velha, tal qual operário em dia de trabalho...

É caso para recuar no tempo:
Uma vez, lá para os anos 70, quando o clima da extrema esquerda na Itália estava no seu auge, e os estudenates universitários (os grandes educadores da classe operária) andavam na rua tipo modo de guerrilha, a confrontarem-se com a policia.Pasolini (intelectual comuna) ficou do lado da policia, para espanto dos outros intelectuais comunas, porque vendo bem as coisas, quem esram os proletários e os burgueses ali?

Liberdade de expressão

António Ramos é acusado de ter violado o dever de aprumo do regulamento disciplinar da PSP.
Em causa está uma entrevista dada ao Diário de Notícias, a 7 de Maio deste ano, onde o presidente do sindicato terá associado o aumento da criminalidade à imigração.

Não é um acaso ser o tema da última edição da Alameda Digital. Os factos vão-se sucedendo.

10 novembro 2006

Defendendo os produtos nacionais! (2)


Hoje trago-vos o segundo exemplar do campino Fernando, desta vez a corrigir a escolha de dois senhores.

Até me lembrei de uma história: Lembram-se das placas do licor beirão que existiam à entrada de cada localidade? eu nem por isso, mas parece que as havia.
Pois é, mas o mais curioso é que quem as punha era o fundador, mais o filho, que saiam todos os fins-de-semana para correr Portugal de uma ponta à outra.

Produto Português? Licor Beirão, com gelo, claro...

08 novembro 2006

O que cresci em democracia,,,

Excelente texto presente na ultima edição da Alameda Digital, aliás, acompanhado da musica de Leo Valeriano - Il coraggio di dire di no. Pode ser lido clicando aqui
Teci um comentário à autora onde também relato algumas experiencias pessoais no confronto com o sistema de democracia e o seu principal meio de propaganda: o ensino!
Cara Rita Andrade:
Fiquei sensibilizado com o teu texto na Alameda Digital "Crescer em democracia ou a coragem de dizer não", não só pelo conteúdo do texto em si, mas também pela tua idade: 19 anos, exactamente a minha.

Congratulo-me com aquilo que dizes pois hoje em dia é difícil alguém exprimir tais opiniões, principalmente quando se é universitário, como eu. Não só pela quantidade de jovens que pensam o contrário, mas sobretudo
pela quantidade de jovens que pensam como nós, se calam e se deixam levar pela corrente do comodismo, da preguiça mental e da libertinagem.

Fiquei entusiasmado, devo dizer, porque alguém da minha idade levantou a voz contra o nosso sistema de ensino, fundado no marxismo (não esquecendo que a social-democracia é um marxismo democrático), principal meio de propaganda deste regime.

Também tive a minha boa dose de conflitos durante os mais de 13 anos em que estou a estudar. Embora viva numa terra de bons democratas (Gafanha da Nazaré - Aveiro) encontrei alguns professores que me deram negativa por discordar, nomeadamente, de opiniões históricas. Nunca me obrigaram a cantar a Grândola vila morena, mas porque os professores tinham que obedecer aos seus superiores, pessoas como Fulano Saraiva de Carvalho, o "terrorista", Sicrano Soares, o "corrupto" e Beltrano Cunhal, o "oportunista", foram sempre assumidos como salvadores da pátria. Fui levantando a voz até ao 9º ano, mas a partir do 10º tive que a baixar pois não queira prejudicar a média.

Lembro-me que na ESGN, onde andei desde o 7º até ao 12º, todos os anos em Abril, os alunos do 9º ano tinham que organizar uma exposição sobre o 25-A. Um painel ficou a cargo de mim e de um rapaz que se baldou. Claro que fui à minha biblioteca e lá colei umas fotocópias com dados concretos: o crescimento económico durante os anos 70. Até 73, média de 8% por ano; a partir de 74, média de 0% ao ano. Mais uns textos sobre Salazar e Marcello Caetano, mais as razões que originaram a guerra colonial (ataques terroristas aos portugueses lá residentes) e o tratamento dado aos africanos que combateram ao nosso lado e estava feita uma bela caldeirada, de sabor bem amargo. Processo disciplinar, repreensão por escrito e um pedido de desculpas a todos os presos políticos durante o Estado Novo. Escusado será dizer que nunca o formulei, mas a Repreensão foi dura e injusta, chegando ao ponto de me insultar.
O meu trabalho foi anulado e outros painéis, que apenas tinham imagens de tanques e cravos colados com fita-cola, levaram satisfaz muito bem.

A partir dos 18 anos, quando acabei o 12º, lá me voltei a interessar pela "nossa democracia". Descobri então livros que todos os editores se recusavam a publicar sobre o "corrupto". Achei curioso o facto desse senhor ter recebido um cheque de um milhão de contos de uma movimento angolano, para lá deixar as armar (viu-se no que deu) e que depois apareceu depositado numa conta na Suiça. Ou que o mesmo, em tempos, pisou a bandeira de Portugal, ou que tem uma fundação que ninguém sabe para o que serve e recebe milhões do estado todos os anos. Ah, que grande salvador!

Depois o "terrorista", que foi condenado e depois foi ilibado e, ainda cheio de razão, acusou um juiz de ter proferido um despacho coagido por duas prostitutas. Isto para além de ter dito à boca cheia que queria instaurar em Portugal um democracia popular, bem ao estilo soviético. Ah, que grande salvador!

Depois apareceu o "oportunista" que conseguiu que o seu partido, com 12,5% dos votos governasse sozinho em 75, ou que disse que não havia necessidade de mais eleições, os 12,5% tinham decidido e não se iria voltar atrás. Ah, que grande Salvador!

Mas o mais curioso foi nunca ninguém me ter explicado que se não fosse o 25 de Novembro de 75, teríamos ficado sob a batuta de um qualquer déspota fiel a Moscovo. Foi estas a história que eu fui aprendendo lendo os tais livros proibidos, o pouco que foi publicado e ouvindo testemunhas que sentiram na pele as incidências do PREC.

Tenho pena que hoje em dia a juventude não queira saber mais do que aquilo que lhe é dado a saber. É preciso procurar outro conhecimento, outras perspectivas, para se poder formular uma opinião livre de qualquer controlo do sistema. É preciso lutar contra a desinformação e contra a injustiça histórica que esta democracia nos impõe.
Não quero com isto fazer a apologia do Estado Novo, mas, fundamentalmente, demonstrar que todos os regimes políticos, e porque o são, têm os seus próprios meios de repressão e a sua forma de se perpetuarem. A democracia não é excepção.

07 novembro 2006

Liberdade de escolha e Vida: Conflito de direitos

Nestes últimos tempos, devido à questão do aborto, muito se tem discutido sobre dois direitos: o direito à vida e à liberdade.

Estando eu perante dois dos direitos mais importantes na regulação da nossa vida em sociedade, salta-me logo à memória o artigo 24º da Constituição da Republica Portuguesa, que é bastante claro no seu nº1: "A vida humana é inviolável." Perante este artigo, a questão do aborto tem que ser posta de parte. bem sei que a personalidade jurídica só se atribuí através do nascimento completo e com vida, mas o nosso direito penal sempre defendeu a vida intra-uterina, porque independentemente da personalidade jurídica, é de uma vida humana que se trata. Daqui posso concluir que, vida humana à parte, o cerne da discussão se situa na liberdade.

Considero que uma mulher tem o direito de engravidar, ou de não engravidar, atendendo a sua livre e ponderada vontade. Por isso mesmo se dá a liberdade à mulher, e também ao homem, de ter relações sexuais com quem quiser, quando quiser e utilizar ou não métodos contraceptivos. Por isso mesmo a lei permite à mulher, quando violada, de abortar, até às 16 semanas, porque em momento anterior a mulher foi privada da sua liberdade sexual.

Por tudo isto, e por muito mais, sou contra o aborto por livre e espontânea vontade da mulher, independentemente do prazo, porque esta já exerceu a sua liberdade em momento anterior, ou seja, no momento da relação sexual e consequente concepção do embrião. Entendo também que a liberdade de uma pessoa termina quando começa a liberdade de outra pessoa, e a liberdade é traduzida em direitos, entre os quais, o mais elementar, o direito à vida!

04 novembro 2006

Defendendo os produtos nacionais!


Muitas vezes tenho saído à noite e reparo que está na moda o consumo de bebidas estrangeiras. Não sei porque será, mas é não é do meu agrado. Para mostrar a todos que bebidas Portuguesas não são só a cerveja ou o vinho, fica aqui este exemplo de uma bebida, muito melhor que essas destiladas estrageiradas.

Como é meu apanágio, defendo sempre os produtos portugueses!

Alameda Digital

Já está disponível o 3º número da Alameda Digital, destacando neste mês a problemática da liberdade de expressão.

Publico também um excerto do editorial, por Carlos Bobone, que pode ser lido na íntegra aqui:

Aqueles que criaram e conservam este mundo de restrições, não as encaram como uma violação dos sagrados princípios da liberdade, pois entendem que aquilo que estão a reprimir não são verdadeiras “opiniões”, no sentido saudável e criativo desta palavra, mas simples “preconceitos”, sentimentos reprováveis e ideias mortas. Não se trata de reprimir o cidadão, pensam eles, mas de o libertar da velha canga dos estereótipos que lhe atrofiam e condicionam o pensamento. Existe alguma produção teórica, da pena de intelectuais laureados, a explicar que não se devem incluir preconceitos ou sentimentos inamistosos no âmbito geral da liberdade de expressão. Mas aquilo que verdadeiramente justifica a pacífica aceitação de tantos limites à circulação de ideias, em sociedades que prestam culto oficial à liberdade de expressão, está no limitado conceito que cada um forma sobre a extensão da liberdade. Mesmo aqueles que fazem da circulação de ideias o seu modo de vida e assumem habitualmente o papel de guardiães da sociedade livre, reconhecem a necessidade de pôr entraves ao destempero verbal dos seus adversários ideológicos.