30 setembro 2007

Publicidade enganosa...

A marca TMN, pertença da PT Multimédia, em parceria com o nosso governo, anda a vender portáteis aos alunos do secundário por 150€. Como se não bastasse a parceria com o governo, para certamente ainda colocar algum extra para o bolso, ainda se dignam a fazer vídeos publicitários a mostrar como vendem computadores no valor de 800€ por apenas 150€. No entanto, fiquei a saber através de uns certos passarinhos, que todos os computadores vêm com um contrato de banda larga obrigatório por 3 anos, mesmo que já tenha internet em casa. Banda larga esta que a única vantagem que têm é a ligação em qualquer lugar, desde que com rede de telemóvel. De resto são só desvantagens face à internet dita normal. Menor velocidade, mais cara, tráfego bastante mais limitado. E depois, feitas as contas aos 3 serviços que a TMN oferece, aos 150€ da entrada inicial podem acrescer 810€, 1076€ ou 1436€. Depois de vendidos os 300 mil computadores, a administração vai ainda dizer que não se vai investir na internet sem fios nas escolas secundárias, porque os computadores quase dados têm a internet sem fios. Cortesia da TMN, que vai encher os cofres. Com a ajuda do governo, também ele mestre em publicidade enganosa, e dos tolos que compram estes computadores, a TMN vai amenizar a falta de liquidez de um serviço que com o continuo crescimento dos locais de acesso livre à internet estava à muito condenado ao fracasso.
Por alguma coisa é que não os foram vender para as universidades. Nesse aspecto, também a companheira de empresa, SAPO, inventou o WI-FI para acabar com os hotéis e centros comerciais com livre acesso à internet...

23 setembro 2007

Inicio de aulas à Bolonhesa

O preocesso de bolonha tem muitos problemas associados. Mas o culminar de todos os problemas fez com que o inicio das aulas se atrasa-se uma semana. Assim, em vez de começarem amanha, começam apenas dia 1 de Outubro. Para toda esta merda de processo, fica um instrumental, daqueles bem deprimentes. Para voces todos que sois estudantes universitários, num rigoroso exclusivo cá deste humilde tasco, Tardes de Bolonha:

Senhores da Guerra

Não é a versão mais desejada pela malta, mesmo assim não deixa de ser espetacular!


20 setembro 2007

Penso que, afinal de contas, continuo a ser labrego...

A pedido de alguns leitores, acrescesto mais um ponto ao Post de estilos dos nosso jovens: O Javardola!

Ora bem, o Javardola é o rapaz que, como o próprio nome indica, é javardo, ou seja, passa o dia a coçar os tomates e quando tem tempo livre e apanha sempre uma casa de banho pública ou um cantinho lá em casa, bate uma. É um rapaz tímido, pois perfere o docil conforto de uma punheta ao processo moroso do engate e da tentativa de galar uma qualquer miuda. Muito comum em jovens da classe média entre os 13 e 16 anos.

19 setembro 2007

Segregacionista? Racista?

"De moço refalsado e de sangue misturado, livrai-nos Deus!"

Aquilino Ribeiro in "Os Malhadinhas"

Não! Parece-me apenas que não tinha muita paciência para as crianças...

Uma coisinha, vá lá, de positivo...

Todos nós já nos apercebemos da merda que está a ser a entrada em vigor dos novos códigos penal e de processo penal, mas hoje li finalmente uma noticia positiva no Diário de Aveiro.
Estava eu à espera do autocarro para Aveiro, quando pego no jornal e leio uma noticia, que dizia que um rapaz de 20 anos da gafanha tinha sido apanhado em flagrante delito a furtar uma habitação. Devido ao novo código de processo penal, foi possível uma busca imediata à casa do detido, onde foram encontrados diversos bens furtados. Pelo menos os novos códigos não servem só para esvaziar as prisões (quanto a isso ainda tenho que falar um dia destes) mas também para umas coisinhas de geito. O suspeito foi presente a primeiro interrogatório jucidial de arguido detido, sendo ainda à hora do fecho da edição desconhecida a medida de coação aplicada. Cá para nós, que ninguém nos ouve, parece-me que será um TIRezinho e o famoso vai e não tornes a pecar, que os nosso juizes, na maior parte dos casos, são obrigados a ordenar.
ps: atente-se às últimas palavras, elas dizem tudo!

17 setembro 2007

Mais um por estas bandas...

... e logo o Cótimos!

Feiras Novas

Quando se diz a alguém que more de Coimbra para baixo (nos casos que conheço, n sei se outros sitios é assim), para ir passar um fim de semana ao Minho, as reacções normalmente são muito diferentes que a mesma pergunta tendo como destino Algarve. Parece que para Norte os quilómetros contam a dobrar. É muito mais natural que haja gente a deslocar-se a sul do que para o Norte. Fazem mal… mais uma vez passei um fim de semana no Minho e o deslumbramento aumentou ainda mais. É inexplicável o ambiente que por lá se vive. Cada canto uma concertina, cantores ao desafio que se reúnem nos cafés fazendo rir quem passa. Gente que não tem pudor em nos ver beber água e da mesa ao lado nos gritar: - “A beber água??? Isso é para lavar os dentes, dá cá o copo, aqui bebe-se vinho, pá!” - ao mesmo tempo que me estica a mão com uma jarra de verde fresquinho.

E se só por isto vale a pena ir ao Minho, quando isso se alia a uma beleza natural ímpar, estamos naquilo a que eu chamo de paraíso. Ponte de Lima tá a tornar-se, a par de Vila Nova de Cerveira, as minhas duas vilas portuguesas preferidas.

By Bruno Raposo in Portal Pimba

10 setembro 2007

Não me rendo!


Não! Não me rendo! Inútil resistir…
de nada servirá.
Nem mil ataques, podem demolir
esta fé, primitiva, que em mim, há.

Não! Não me rendo! Ainda no limite
da vida transitória,
mesmo que o material hesite,
lutam, comigo, séculos de História.

E, quando a decisão de combater
me falta,
ergue-se, dos abismos do meu ser,
uma vontade mais alta.

Não sou eu quem resiste. Corre em mim
sangue dum povo multisecular…
… murmúrio indefinido que eu entendo…
Haja o que houver e passe o que se passar,
não me rendo!

09 setembro 2007

Dedicado ao mundo contemporâneo II

Eu acuso quem pensa sem agir.
Eu acuso quem age sem pensar.
Eu acuso quem fala sem sentir.
Eu acuso quem sente sem falar.

Acuso a posição mal definida,
o gesto mesquinho…
… e acuso-me por, nunca, em minha vida,
ter ido até ao fim do meu caminho.

E, amigos meus,
pronuncio a suprema acusação:
- Eu acuso… quem invocando Deus
ergue ao Diabo, altar, no coração.

Acuso o homem, por julgar o homem…
Juiz só Deus… entendo que é bastante.
Terminarei,
pedindo todas as sanções da lei,
para quem acusar o semelhante


Manuel Pedroso Gonçalves, 1959

Setembro - mau tempo para as famílias!

Lá vai o tempo (por ventura antes de 74) em que o mês de Setembro significava para as famílias portuguesas o fim das colheitas e o proveito que daí advinha. Agora os tempos são outros e os sucessivos governos democráticos da nossa nação transformaram este tempo de festa num dos maiores tormentos dos pais com filhos em idade escolar. As escolas todos os anos mudam os livros para impedir que os livros de uns sigam para outros, fazendo de lacaios do lobby da industria dos livros escolares, assim como o ministério, que muda de programa como quem muda de camisa. Vão TODOS para o caralho.

Artigo da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

As reflexões do meu 12º ano...

Por mais que tudo diga
Nunca me deu para fazer nada.
Nem o sol que tapa a madrugada
Consegue cobrir a escuridão do mundo.
Nunca soube ser seguro
Coerente ou compreensivo, talvez,
Porque o mundo me obriga
(eu não quero)
A crescer de repente, assim, d’ uma só vez.

Soneguei a minha infância.
Quis subir e ser senhor.
Perdi a calma, quase tudo,
Inclusive o amor.
Infantil como a alma
Que só ama
E nada pede em troca.

Ao invés, nós queremos dinheiro
Roupas, pitas, descanso e prazer.
Eu queria brincar,
Correr sem parar.
Amar e ser amado
Como um menino mimado.

Infelizmente cresci
Com os sabor do mundo na boca.
Soltei gemidos, ninguém escutou.
Brinquei. O mundo parou,
Reprovou e condenou.
Ficou o menino assustado
Por não poder brincar,
Nem sequer um bocado…

Talvez a vida seja presente.
Já não posso brincar,
Como no passado.
Não posso sonhar,
Só ter o futuro estudado.

Premiou talvez os marrões,
Os berços ou quem roubou!
Não contemplou quem pensou,
Quem sonhou e obedeceu
À sociedade interior
Porque a vida é mais que
O estudo, o prestigio,
O dinheiro ou o prazer
É amar a Deus a cada momento,
Como se estivesse a nascer
Para um velho sentimento
Amor.

Penso que sou um labrego...

E tu? Em que te enquadras?

Beto: Nos seus primordiais costumava ser definido como "o gosto por vestir-se bem". Actualmente costuma vir associado a uma atitude excessivamente consumista. O protótipo de um Beto é o de uma pessoa que veste o mais caro que encontrar, geralmente calças de ganga clássica,cabelo com uma repa a tapar um olho, pólos e sapatos de vela.

Basofe: Anteriormente conhecidos como Dreads (o que está errado) ou Chungas. Passa pela adopção de um modo de vida adoptado nos EUA em bairros que sofrem de pobreza. Costumam ter dificuldades em conseguir conviver correctamente em sociedade, sendo o grupo muitas vezes responsável do vandalismo, crime e ao consumo de drogas. Limitam-se a ouvir Hip-Hop e abominam todos os restantes géneros musicais.

Grunge: Têm uma visão da vida despreocupada e não costumam ser religiosos. Não costumam fazer grandes planos para o futuro e têm o hábito de serem discretos (às vezes são vistos como pouco sociáveis). Geralmente usam o cabelo comprido e desgrenhado, barbicha, roupas velhas/rasgadas (especialmente calças de ganga e camisas, muitas vezes aos quadrados).

Emo: Têm uma visão decadente do mundo e levam-na ao extremo. São exageradamente sentimentais e têm dificuldades em reconhecer um lado bom nas coisas. É comum questionarem o porquê da sua existência de um modo, levando-os muitas vezes à isolação total. São conhecidos por usarem o cabelo para o lado de modo a cobrir-lhes metade da face, usam alguma maquilhagem, piercings e tatuagem. Diz a lenda que criam um ódio por si próprios que os levam a fazer cortes sobre a pele.

Gótico: Têm também uma opinião negativa sobre o mundo, mas, ao contrário dos Emos, não costumam sentir necessidade de mostrar o seu ódio a si mesmos aos demais. Têm uma atitude fria (de um modo geral totalmente anti-sociais), vestem-se exclusivamente de preto e usam maquilhagem de um modo extremo. Alguns chegam a ter fetiches com cemitérios e sadomasoquismo.

Nerd: É um conceito associado a indivíduos de óculos com grandes dificuldades de integração na sociedade, que costumam ter um grande gosto por informática e pelas novas tecnologias. Geralmente só se dão com outros Nerds, pois somente conseguem discutir a sua cultura tecnológica entre si.

Metaleiro: Usam cabelos compridos, barba e têm poucos interesses para além da música (Heavy, Thrash, Power e pouco mais). São associados a pessoas temperamentais, usam sempre camisolas de uma das suas bandas favoritas e é raro perderem um concerto ou um festival.

Punk: Grupo em certa parte semelhante aos Metaleiros, mas ouvem Punk Rock e New Wave, gostam de piercings, cabelos espetados, roupa de cabedal e outras extravagâncias. Costumam ter excesso de auto-estima e às vezes são associados a atitudes um pouco extremistas.

Labrego: A clássica atitude de um chefe de família. Não entra em filosofias e tem aversão aos "porquês". Não ligam à aparência nem aos cuidados relacionados com a estética, enchem a pança de cerveja ou vinho e gostam de uma bela tarde a ver a bola. Por vezes são associados a homens que vêem a mulher apenas como um objecto de procriação.

Pexito: O seu conceito inicial resume-se a "habitantes de Sesimbra", mas as suas características muito próprias que se têm vindo a alastrar já faz dos Pexitos um grupo pertencente à "fauna jovem". Têm uma personalidade pouco firme: apenas o que é caro é de qualidade e, muitas vezes, fazem de tudo para dar nas vistas e serem bem vistos no seio dos restantes. Costumam ver o companheirismo como uma virtude, mas não costumam ter muito apreço pelos próprios amigos (facto que ocultam). Usam roupa da mais cara que podem, usam relógios e piercings coloridos e de tamanhos extravagantes e ouvem na sua maioria música alternativa.

Satânico: Indivíduos mórbidos e decadentes que vivem contra as habituais regras do cristianismo e praticam o culto a Satanás. São anti-sociais e entendem que o futuro não existe, a morte é o único destino ("ninguém é de ninguém, o fim é que é igual para todos"). Reza a lenda que se sentem bem quando em contacto com a morte, daí o gosto por cemitérios, sacrifícios e animais necrófagos.

Rastas: Conhecidos pelos cabelos grossos que mais parecem pés de árvores e que raramente são lavados com champô. Vestem roupas de pano coloridas e calçam chinelos. Vivem essencialmente de praias e fumam ganza como quem bebe café.

Guna/Chunga: A norte conhecido como Gunas,a centro e sul como Chungas mas em todo o país conhecidos como Azeiteiros.
Tanto a dizer para os caracterizar... Começando pelo vestuário,da cabeça aos pés: usam boné maior que a cabeça (talvez para guardar os objectos roubados) e sempre solto; nas orelhas usam brincos de ouro ; e do amarelo do ouro para o amarelo dos dentes (ou a falta deles); suas roupas são geralmente desportivas e sempre de grandes marcas (compradas na feira,como é óbvio) e o seu calçado,na maioria dos casos, são sapatilhas Nike com molas.
Adeptos da ganza, andam sempre em grupo, e os passatempos favoritos do dia-a-dia é "pedir" dinheiro emprestado e caçar telemóveis a putos.
Nos seus veículos são autênticas discotecas ambulantes e mandam sempre piropos de engate quando vêem uma mulher atraente,mas com resultados apenas para os da sua espécie (diga-se peixeiras).
O seu vocabulário é preenchido com asneiras e têm contribuído para o país com célebres frases como "faz esse!".

Skinhead Nazi: Também conhecidos como os "cabeças-rapadas". Têm ideiais de extrema-direita/nazistas. Geralmente são violentos e implacáveis na sua forma de defender os seus ideais perante todas as restantes.

Skinhead Red-Skin/Sharp/Skin-Gays: Estes são os skinheads da esquerda,uns mais anarcas outros mais comunistas, mas resumindo a merda é a mesma. Skinheads Gays são uma nova facção em ascensão.

06 setembro 2007

sempre pensei que fosse da Gafanha, mas aceita-se...

You Belong in Dublin

Friendly and down to earth, you want to enjoy Europe without snobbery or pretensions.
You're the perfect person to go wild on a pub crawl... or enjoy a quiet bike ride through the old part of town.

Voz do povo

Olha-me para a cara de lata destes dois, a irem a Roma ter com o Papa e ainda hão-de ter sido eles a matar a filha. Eu de facto nunca vi sofrimento na cara daquela mãe...
By Dona Fernanda

03 setembro 2007

Anteontem fui à capital... (a segunda parte)

...e fui almoçar num jardim junto ao Mosteiro dos Jerónimos, a organização levou uns pães e uns leitões e lá nos safámos. Depois do almoço ainda fomos tomar um café e comer uns pastéis à famosa casa dos "Pastéis de Belém". Por volta das 4 voltamos todos para o autocarro e partimos em direcção ao Rossio. Paramos numa praça com a estátua de D. Pedro IV, em frente ao teatro nacional D. Maria II, pelo menos foi o que me disseram.
Começamos a andar por uma rua fechada ao trânsito e, por isso, cheia de pedintes. Não sei se me acham ricos, mas enquanto ninguém foi importunado, eu mal entrei na rua levei com um gajo a tentar vender-me marijuana e coca, até me mostrou os sacos com o produto, e quando o mandei dar uma volta, ele perguntou-me se queria comprar-lhe uns óculos, que por sinal ele tinha roubado numa loja mesmo em frente de onde nós estávamos. Mesmo quando saí do Teatro Politeama, eram só pedintes a dirigirem-se a mim, enquanto as celebridades passavam e ninguém as abordava. Não sei o que viram em mim, mas sei que vi o impensável: um tipo a "fazer uns sons com uma flauta" apenas com uma mão enquanto a outra segurava um chapéu. Eu como não me sinto culpado pela situação dessas pessoas, normalmente nunca contribuo para elas, e foi o que aconteceu. Há muito trabalho por aí para ser feito, não se pode contribuir para que estas pessoas continuem a vida de pedinchas. Nestes caso lembro-me de um senhor que conheci em Braga, à porta de uma discoteca a vender cachorros, porque tinha dois filhos e a mulher desempregada. O sacrifício que o homem fazia, depois de passar uma semana a obedecer às ordens de um gajo qualquer, perdia as noites de Sexta-feira e de Sábado para poder sustentar a sua família.
No caminho para o teatro ainda encontrei um alfarrabista, com bastantes livros a 1€. Prendi-me lá por mais de 20 minutos, porque me apeteceu comprar uns livros e também para fugir à pressão dos pedintes na rua. Comprei uns livros de poesia e um romance, editado nos anos 40 do século passado. Estou agora a lê-lo. Para já estou a gostar.
Fui então para o teatro, e tive que ficar à espera porque a minha mãe tinha os bilhetes e decidiu ir para o bar do Coliseu dos Recreios, mesmo em frente ao Politeama. Já lá dentro, a primeira coisa que me lembro é de ver a minha irmã a comprar o programa e a fazer fila para levar um autógrafo do Lá Féria. Eu não liguei muito e fui rapidamente para a sala. Ao entrar olhei para as paredes, tão bem ornamentadas, a decoração ao estilo de à 100 anos atrás, que também contava a história de milhares de punhetas que se tinham lá batido, antes do Sr. Filipe comprar aquele espaço.
Quanto à peça, propriamente dita, considero uma exaltação ao nacionalismo austríaco, em detrimento do nacional-socialismo alemão. Mas essas são considerações para outros debates. A "música no coração" é um filme sobejamente conhecido e uma história que dispensa apresentações. Mas a peça que foi montada ultrapassa de longe o dramatismo do filme. O teatro tem destas coisas: Consegue envolver-se bastante com o público, e as vozes ao vivo, mesmo com o auxílio de microfones, aumentam muito mais a tenção. Nunca vi uma audiência a chorar tanto. O problema é mesmo o preço. Enquanto no cinema o preço ronda os 5 €, o bilhete que recebi tinha o preço de 27€, embora não tenha pago tanto. Digamos que a excursão foi organizada para que a malta pudesse pagar pouco para ir à capital ver o Lá Féria.

02 setembro 2007

Ontem fui à capital... (parte 1)

Ontem fui à capital de autocarro. Não daqueles da carreira, mas integrado numa excursão do clube do pessoal da EDP-Aveiro. A minha mãe fez tanta força que lá tive que ir. Não estava especialmente interessado no programa do dia, mas acabei por ir, mais porque nunca tinha visto aquilo que fomos ver. Partimos pouco depois das 7 da manha de Aveiro e, pelo caminho, fomos parando em Leiria para comer uma bucha e ainda parámos por causa de um acidente que ocorreu à nossa frente. Acabou por ser só um toquezinho entre dois carros. A verdade é que a A1 ficou interrompida, mesmo com 3 vias de trânsito, foram lá parar ambulância e bombeiros.

Ao chegarmos a Lisboa, a cabeça encostada no vidro observava uma paisagem amarelada cada vez mais ocupada com prédios, um decrépitos, outros novinhos em folha, com as mais variadas
empresas disto e daquilo, à medida que nos aproximávamos do nosso destino. Não gosto deste tipo de cenas, por isso é sempre com algum sacrifício que me dirijo para o sul.

Chegamos ao rio Tejo, para visitar o museu da electricidade, antiga central Tejo, já em Belém, junto ao rio. Do Museu, à parte de termos levado com uma guia (que o meu irmão mais novo até conhecia, portanto não seria de esperar grande coisa) que tinha a mais de carinha laroca o que lhe faltava de conhecimento de como funcionavam as máquinas que transformavam o movimento gerado pelo vapor da central termoeléctrica em electricidade.

O que mais gostei do museu não foi a parte da antiga central, das caldeiras, nem até de se poder passar dentro de uma caldeira que durante muito anos trabalhou a mais de 1100 graus Cº, mas sim a história da electricidade em Portugal, o processo do fornecimento de energia eléctrica às populações e a sua aplicação. Os diagramas da barragem de Castelo do Bode e da central do alto Lindoso.

A produção da hidro-electricidade foi a parte onde mais tempo perdi. Estive um bom bocado a perceber como se distinguiam as barragens, já que existem umas de "fio de água" (tipo as barragens do rio Douro, são apropriadas para terrenos pouco desnivelados e têm uma corrente continua de água), outras chamadas de "turbina-bombagem" (consiste num sistema em que a água passa pela turbina e é bombeada de novo para a albufeira, ou então é bombeada a apartir de uma barragem a jusante, com os exemplos de Aguieira, Alqueva e Rabagão) e ainda as mais conhecidas, as barragens "de Albufeira" (com uma grande capacidade de armazenamento de água, mantém o normal funcionamento dos rios quando a água passa pelas turbinas e segue para jusante. São exemplo destas barragens as do Lindoso, Vilarinho das Furnas e Salamonde). Claro que ainda existem as barragens que apenas servem para o armazenamento de água.

Houve ainda outras coisas que me interessaram, como a história da electricidade e os aparelhos infantis para se perceber como pode ser gerada electricidade estática, ou para se perceber como funcionavam os primeiros aparelhos geradores de electricidade.

No final ainda uma visita à exposição da world press foto, concurso de 2007 juntamente com o concurso de foto jornalismo Visão/BES. Valeu a pena. Depois conto o resto da história.

Lições de Retórica

Uma pergunta estupida mereçe sempre uma resposta estupida.

Chega um indivíduo de raça negra a uma loja de armas e pergunta:
- Spor favor, tens pistola...
- Não, por acaso não temos...
O indivíduo olha para o lado e repara numa vitrine cheia de pistolas.
Nisto pergunta: - Olha, e o springarda tens?
- Não por acaso também não temos...
O rapaz olha para o outro lado e vê uma prateleira cheia de espingardas e questiona o dono da loja..
- Ei, ós camarada, tens arguma coisa contra os preto...???
- Por acaso temos. Pistolas, espingardas...